ATA DA CENTÉSIMA QUARTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 10-11-2010.

 


Aos dez dias do mês de novembro do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Airto Ferronato, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Luiz Braz, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos e Reginaldo Pujol. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Maria Celeste, Mario Manfro, Paulo Marques, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir Canal. Após, foi apregoado o Ofício nº 989/10, do senhor Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 046/10 (Processo nº 3999/10). Na ocasião, foram apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo: nº 058/10 (Processo nº 4007/10), de autoria da vereadora Maristela Maffei, no Seminário Internacional – Mudança Climáticas, do dia de hoje ao dia doze de novembro do corrente, em Brasília – DF –; e nº 067/10 (Processo nº 3992/10), de autoria do vereador Beto Moesch, no Curso de Educação Ambiental: Desafios de uma Sociedade de Risco, nos dias vinte e quatro e vinte e cinco de novembro do corrente, no Município de Santo Ângelo – RS. Do EXPEDIENTE, constaram os Comunicados nos 96436, 96437, 96438, 96439, 96440, 96441, 96442, 96443, 96444, 96445, 96446, 96447, 96448, 96449, 96450 e 96451/10, do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional da Educação – FNDE. Durante a Sessão, constatada a existência de quórum deliberativo, foram aprovadas as Atas da Centésima, Centésima Primeira e Centésima Segunda Sessões Ordinárias e da Quadragésima, Quadragésima Primeira, Quadragésima Segunda e Quadragésima Terceira Sessões Solenes. Às quatorze horas e vinte e um minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral, 2ª Sessão, esteve o Projeto de Resolução nº 013/10 (Processo nº 1572/10). Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº 117/10 e o Projeto de Decreto Legislativo nº 004/10 (Processos nos 2578 e 4009/10, respectivamente). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 041/10 (Processo nº 3770/10), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Dr. Thiago Duarte e Dr. Raul Torelly. A seguir, foram apregoadas as Emendas nos 04 e 05, de autoria do vereador João Antonio Dib, Líder da Bancada do PP, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/10 (Processo nº 2974/10) e foi aprovado Requerimento de autoria de Sua Excelência, solicitando que essas Emendas fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Após, foram apregoados Requerimentos de autoria dos vereadores Airto Ferronato e João Antonio Dib, solicitando Licença para Tratamento de Saúde, respectivamente no dia de ontem e do dia onze ao dia dezesseis de novembro do corrente. Também, foram apregoadas as Emendas nos 26, autoria do vereador Nilo Santos, Líder da Bancada do PTB, e 27, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/10 (Processo nº 3383/10). Ainda, foram aprovados Requerimentos de autoria dos vereadores Nilo Santos e Engenheiro Comassetto, solicitando que as Emendas nos 26 e 27, respectivamente, fossem dispensadas do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador João Antonio Dib, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante da Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 020/10 (Processo nº 2744/10). Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/10 (Processo nº 3383/10). Foram votadas conjuntamente e rejeitadas as Emendas nos 01, 03 e 04 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/10. Foram votadas conjuntamente e aprovadas as Emendas nos 02, 19, 21, 22, 23, 24, 25, 26 e 27 e a Subemenda nº 01 à Emenda nº 02 apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/10. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/10. Na oportunidade, o vereador Reginaldo Pujol manifestou-se acerca da votação das Emendas apostas ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/10. Também, o senhor Presidente registrou que o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 008/10 foi aprovado pela unanimidade dos vereadores presentes. Em Discussão Geral e Votação, foi rejeitado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 007/09, por seis votos SIM, vinte e um votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, após ser discutido pelos vereadores Beto Moesch, DJ Cassiá, Adeli Sell, Dr. Raul Torelly, João Carlos Nedel, Airto Ferronato, Sebastião Melo, Elias Vidal, Bernardino Vendruscolo, Mauro Zacher, Luiz Braz, Nilo Santos, Sofia Cavedon, Dr. Thiago Duarte e João Antonio Dib e encaminhado à votação pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Dr. Thiago Duarte, João Antonio Dib e Luiz Braz, tendo votado Sim os vereadores Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal e Mauro Zacher, votado Não os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e optado pela Abstenção a vereadora Fernanda Melchionna. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 007/09, os vereadores Dr. Thiago Duarte, Haroldo de Souza, Mauro Pinheiro, Toni Proença e Mario Manfro e a vereadora Juliana Brizola cederam seus tempos de discussão, respectivamente, aos vereadores Beto Moesch, Dr. Raul Torelly, Sebastião Melo, Elias Vidal, Luiz Braz e Dr. Thiago Duarte. Na ocasião, em face de Questões de Ordem formuladas pelos vereadores João Antonio Dib e Dr. Thiago Duarte, o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca dos pareceres apostos ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 007/09 pelas Comissões Permanentes deste Legislativo. Ainda, o vereador Beto Moesch manifestou-se acerca da possibilidade de adiamento da votação desse Projeto. Após, foram apregoados os seguintes documentos, do 3º Juizado Especial Criminal do Foro Central da Comarca de Porto Alegre: Mandado de Intimação de Audiência de Instrução e Julgamento para o dia de hoje, às quatorze horas, destinado ao vereador Pedro Ruas; e Atestado de Comparecimento em Audiência da vereadora Fernanda Melchionna, relativo a essa Audiência. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador João Antonio Dib, solicitando o adiamento, por uma Sessão, da discussão do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/10 (Processo nº 2974/10). Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Executivo nº 036/10 (Processo nº 3550/10). Às dezessete horas, o senhor Presidente declarou encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 174/10 e o Projeto de Resolução nº 029/10; em 2ª Sessão, os Projeto de Lei do Legislativo nos 168, 096 e 173/10, estes dois discutidos pelo vereador Dr. Raul Torelly. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Aldacir José Oliboni, pela oposição, Sebastião Melo, Engenheiro Comassetto, Dr. Thiago Duarte e João Antonio Dib. Na oportunidade, o senhor Presidente convidou os senhores vereadores para a solenidade de inauguração do novo estúdio da Rádio Câmara, amanhã, às quatorze horas, neste Plenário. Também, foi apregoada a Emenda nº 06, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/10, e, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento de autoria de Sua Excelência, solicitando que essa Emenda fosse dispensada do envio à apreciação de Comissões Permanentes. Ainda, o senhor Presidente convidou os presentes para a Audiência Pública com o objetivo de debater assuntos de interesse da comunidade do Bairro Rubem Berta, a ser realizada no Salão da Paróquia Madre Teresa de Calcutá, no dia dezesseis de novembro do corrente, às dezenove horas. Às dezessete horas e trinta e quatro minutos, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelo vereador Nelcir Tessaro e secretariados pelo vereador Bernardino Vendruscolo. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apregoamos o Memorando nº 067/10, de autoria do Ver. Beto Moesch, que solicita representação desta Casa, nos dias 24 e 25 de novembro de 2010, para realizar palestra na cidade de Santo Ângelo.

 

Apregoamos o Memorando nº 058/10, de autoria da Verª Maristela Maffei, que solicita autorização para representar esta Casa no Seminário Internacional de Mudanças Climáticas no período de 10 a 12 de novembro de 2010, em Brasília, Distrito Federal.

Apregoamos o PLE nº 046/10, que desafeta e autoriza a alienação de parte do leito da Rua Portulaca.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro – às 14h21min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte)

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 1572/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 013/10, de autoria do Ver. Dr. Thiago Duarte, que altera o § 1º do art. 101 da Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara Municipal de Porto Alegre –, e alterações posteriores, alterando o termo inicial da tramitação legislativa, e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Paulinho Rubem Berta: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- discussão geral nos termos do art. 126 do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 01-11-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PR nº 013/10. (Pausa.) Não há quem queria discutir. Está encerrada a 2ª Sessão de discussão geral do PR nº 013/10.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2578/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 117/10, de autoria da Verª Fernanda Melchionna, que inclui no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, no dia 30 de julho, o Dia Municipal do Escritor Gaúcho.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 10-11-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 117/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 4009/10 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 004/10, de autoria da Comissão de Constituição e Justiça, que autoriza o Prefeito Municipal de Porto Alegre, senhor José Fortunati, a ausentar-se do Município e do País, das 8h42min do dia 14 de novembro às 9h33min do dia 21 de novembro de 2010, para viajar à Cidade do México.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 10-11-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PDL nº 004/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3770/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 041/10, que cria 10 (dez) cargos de Auxiliar de Farmácia, 5 (cinco) cargos de Biomédico, 9 (nove) cargos de Farmacêutico e extingue cargos de Auxiliar de Administração Hospitalar, todos de provimento efetivo, na Administração Centralizada do Município de Porto Alegre, constantes da Lei nº 6.309, de 28 de dezembro de 1988, e alterações posteriores.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator Ver. Aldacir José Oliboni: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 10-11-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLE nº 041/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 041/10.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadores e Vereadoras; público que acompanha a Sessão no dia de hoje, nós votamos, nos últimos dias, vários Projetos ligados à área da Saúde. Um deles prorrogava os contratos dos Agentes de Combate a Endemias, isto é, de combate à dengue, e o Projeto ora apresentado e aprovado nesta Casa prorrogou os contratos sem prova seletiva de quatro para seis meses e, a partir daí, para um ano e oito meses.

Na semana passada, votamos outro Projeto, Ver. Todeschini - a Comissão de Saúde sempre acompanhando as reuniões permanentes -, que resolvia um problema surgido há muito tempo, porque o concurso para Técnico de Enfermagem e Técnico de Radiologia estava vencendo, e o Governo se conscientizou, percebeu que, ao não mandar o Projeto para cá, poderia perder o concurso. Então, mandou um Projeto, e nós o aprovamos, criando 188 cargos na área da Saúde e resolvendo o problema dos Técnicos de Enfermagem e de Radiologia.

Agora estamos resolvendo um outro problema, que trata dos cargos de Auxiliares de Farmácia, de Biomédicos e de Farmacêuticos e que extingue alguns cargos da Administração dentro da Secretaria Municipal da Saúde. Então, é mais um pequeno, mas importante problema, e por isso demos Parecer favorável ao Executivo, ao Governo, porque são apenas adaptações que deveriam ter sido feitas há mais tempo, Ver. Haroldo. Foram feitas algumas Reuniões com o Marcelo Bosio, Secretário Adjunto, ele encaminhou o assunto, e propomos uma certa urgência, porque, se o concurso público vencer, esses trabalhadores não chamados perderão a oportunidade. É por isso que nós, em nome da Bancada, encaminhamos favoravelmente ao Projeto, mas alertando, conforme disse o Dr. Izquierdo, na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, mais precisamente a Secretaria Municipal da Saúde, precisa, até o final do ano, fazer concurso público, porque estariam faltando em torno de 800 trabalhadores na área da Saúde, e ainda não vimos nenhum projeto, nenhuma boa intenção chegar a esta Casa para resolver esse problema de falta de trabalhadores. Muitas vezes, percebemos que está sobrecarregada uma Unidade de Saúde, porque não tem Médico, não tem Técnico de Enfermagem, não tem Enfermeira, exatamente porque os profissionais que hoje estão se aposentando não estão sendo repostos nas Unidades de Saúde ou no HPS, que é o hospital menina dos olhos, vamos dizer assim, da nossa Cidade e da Grande Porto Alegre. Visitamos o HPS ontem, inclusive, e dizia o seu Diretor que faltam mais de 200 funcionários naquela Instituição, envolvendo todas as funções. Para a Copa, agora, se discute um projeto de grande ampliação do HPS, muito importante para a Cidade. E possivelmente, até lá, todas essas novas áreas, todos esses novos departamentos que serão criados e ampliados terão necessidade, com certeza, de 300 a 500 novos trabalhadores. É preciso que o Governo perceba, faça esse levantamento, juntamente com a elaboração do Projeto, e mande para esta Casa um Projeto de Lei criando as vagas e abrindo concurso público, porque, além disso, também haverá a implementação das UPAs - Unidade de Pronto Atendimento em Porto Alegre; já estão discutindo quatro UPAs, uma para cada região: Região Norte, Região Sul, Região Leste e região aqui do bairro Navegantes. Se essas UPAs atuarem nos quatro turnos, serão necessários em torno de 300 funcionários atuando em cada uma delas. Portanto, é de extrema importância que a Saúde tenha, sim, um projeto de ampliação no seu quadro, e que o Governo Municipal, através da Secretaria Municipal da Saúde, encaminhe novos Projetos para esta Casa, que, com certeza, terão reciprocidade, terão solidariedade desta Câmara, que sempre foi assídua e sempre apoiou qualquer atitude de ampliação e de melhoria do serviço da Saúde. Portanto, encaminhamos favoravelmente ao Projeto do Executivo. Um abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 041/10.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Nelcir Tessaro; ilustres colegas Vereadores, venho aqui confirmar - Ver. Mauro Pinheiro, Verª Juliana Brizola, Ver. Tarciso Flecha Negra, Ver. João Bosco Vaz; Márcio Bins Ely, eterno Secretário do Planejamento - o apoio uníssono da nossa Bancada com relação a esses cargos de Auxiliar de Farmácia, de Biomédico, de Farmacêutico que vão ocupar o extinto cargo de Auxiliar de Administração Hospitalar.

Eu poderia falar aqui da nossa visita ao HPS, Ver. Aldacir José Oliboni, uma vez que esses profissionais também vão contemplar quadros lá existentes de grande necessidade. Eu poderia falar também das UPAs, uma das quais a da Zona Sul, onde já existe um forte movimento para que seja instalada no Hospital Parque Belém, fazendo com que esse Hospital possa atingir o atendimento mais amplo das pessoas que lá procuram. O Hospital Parque Belém já tem um serviço de Ortopedia de excelência, de Neurocirurgia; o Ver. Bernardino Vendruscolo estava comigo numa reunião, esses dias, onde ele ouviu de uma das pessoas presentes um forte depoimento, classificando de muito bom o atendimento que tem ocorrido lá no Hospital Parque Belém. Então, que possamos contemplar esse Hospital, iniciando um embrião de um Hospital de Pronto Socorro na Zona Sul.

Eu venho basicamente falar, me ater, não extrapolar este tema, mas me ater a estas três funções, uma vez que é fundamental que nós possamos ampliar as Farmácias Distritais, para que a população possa retirar medicação controlada, aquela medicação própria do Município; para que se possa ter agora, através desse afinamento, dessa sintonia fina que deve existir, Verª Sofia Cavedon, entre o Município e o Estado, um conveniamento com a Secretaria da Saúde do Estado, para que, nessas Farmácias Distritais, agora com profissionais habilitados, os pacientes também possam retirar o medicamento especial e excepcional.

Então, é importante que a gente possa colocar isso, possa estar aparelhando, em pelo menos uma Unidade de Saúde ou em pelo menos uma Unidade em cada uma das oito Gerências Distritais, um local onde as pessoas próximas da sua casa possam retirar as medicações rotineiras, as medicações controladas, e a partir daí, com a presença desses profissionais qualificados, a gente possa ter uma sintonia fina com a Secretaria da Saúde do Estado, para poder ter acesso também a medicamentos especiais e excepcionais.

Então, eu quero saudar, quero dizer que o PDT está junto, e que Farmacêuticos, Biomédicos, vão poder qualificar, sem dúvida nenhuma, as Farmácias Distritais do Município de Porto Alegre; que possamos ampliá-las como a Farmácia Distrital da Restinga, que funciona na Unidade de Saúde da Macedônia, fruto de uma grande luta daquela comunidade, e que possamos ter uma em cada região da Cidade, uma em cada Gerência Distrital. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apregoamos as Emendas de nº 04 e nº 05, de autoria do Ver. João Antonio Dib, ao PLCE nº 006/10.

Apregoamos o Requerimento, de autoria do Ver. João Antonio Dib, solicitando dispensa do envio das Emendas nº 04 e nº 05 ao PLCE nº 006/10 à apreciação das Comissões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Apregoamos a Emenda nº 26, de autoria do Ver. Nilo Santos, ao PLCE nº 008/10.

Apregoamos o Requerimento, de autoria do Ver. Nilo Santos, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 26 ao PLCE nº 008/10 à apreciação das Comissões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Apregoamos o Requerimento, de autoria do Ver. Airto Ferronato, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no dia 9 de novembro de 2010.

Apregoamos o Requerimento, de autoria do Ver. João Antonio Dib, solicitando Licença para Tratamento de Saúde no período de 11 a 16 de novembro de 2010.

O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 041/10.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; público que nos assiste, como médico, Líder do PMDB e participante há mais de 30 anos da Saúde da nossa Capital também, fico feliz em vir aqui trazer o apoio a este Projeto da nossa Bancada, referente à criação desses cargos, pois são cargos importantes - Farmacêuticos, Biomédicos - que vão qualificar, realmente, ainda mais, o nosso sistema público de Saúde.

Eu gostaria também de deixar uma mensagem positiva em relação ao que está acontecendo com o nosso HPS, aos estudos que realmente estão acontecendo, agora de uma maneira mais forte, no sentido da sua ampliação. Há cerca de um ano e meio, tive oportunidade de estar com o então Secretário da Copa do Mundo, hoje Prefeito José Alberto Fortunati, quando, junto com o Dr. Paulo Azambuja, Diretor do nosso HPS, solicitamos que houvesse uma designação de recursos da Copa para a área da Saúde, para a ampliação do HPS. Sabemos das dificuldades do HPS. A qualificação dos profissionais que lá atuam também é extremamente importante, mas precisam de um ambiente mais estruturado, melhor qualificado em termos de localização de leitos e de instrumentalização para suas ações. É necessário que haja uma Hemodinâmica no HPS, que haja maior quantidade de leitos, mais longe uns dos outros, que as pessoas tenham possibilidade de melhor hotelaria. Isso tudo vai reforçar o nosso atendimento, além de aumentar a quantidade e a qualidade dos leitos da Cidade. Esse processo está avançando: cerca de 53 milhões já estão no Ministério sendo avaliados para serem liberados em função da ampliação real do nosso HPS, uma instituição que já tem 66 anos de existência e que merece todo o nosso carinho.

Ainda na questão das UPAs, temos que ampliar esse processo, avançar muito. Já temos coisas bem definidas, áreas que devem ser priorizadas na Cidade para instalação das Unidades de Saúde 24 Horas. Eu acredito que essas áreas bem definidas já estão, por exemplo, junto ao Hospital Parque Belém, na Zona Sul, que é muito importante; temos uma área nobre na Cidade que também pode ser muito bem utilizada para a colocação de uma UPA, que é no terreno do Hospital São Pedro, em frente aos prédios que lá existem. Todos que passam ali na Av. Bento Gonçalves veem aquela imensidão de terreno hoje sem aproveitamento, que está entre a Av. Bento Gonçalves e os prédios, de propriedade do próprio Hospital, do Estado; seria uma negociação fácil e tranquila para ser feita, e teríamos ali uma UPA que atenderia também aquele pessoal que vem de Viamão, pois sabemos que a UTI da PUC está sempre lotada, por exemplo, e muitas vezes acabam no próprio HPS em função de não conseguir ter um atendimento mais qualificado no caminho. Então, seria um local para uma UPA mais centralizada que atenderia o Partenon e toda aquela região, inclusive parte da região central de Porto Alegre. Não podemos esquecer também da região do Humaitá/Navegantes, que também é uma prioridade na questão das UPAs, bem como a definição imediata da localização da primeira a ser instalada em Porto Alegre, que tudo nos leva a crer que deverá ser no eixo da Av. Baltazar de Oliveira Garcia ou nas suas proximidades. Então, eu gostaria de deixar uma mensagem positiva, porque as coisas estão realmente acontecendo. Esperamos que elas aconteçam com a maior brevidade possível; para isso estamos nos reunindo, temos apoiado e procurado fazer a nossa parte, dar a nossa contribuição aqui na Câmara Municipal e em todos os fóruns onde somos chamados para expressar a nossa interferência positiva e a nossa opinião. Obrigado. Saúde para todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não há mais quem queria discutir. Em votação o PLE nº 041/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Requerimento): Sr. Presidente, eu solicitaria a V. Exa que colocasse à análise dos meus Pares a possibilidade de passar à discussão e votação do PLE nº 020/10, sobre o PREVIMPA, porque amanhã será decidido um problema em Brasília e seria conveniente que eles já pudessem levar como solucionado. Não há discussão, acredito eu, em torno do problema.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. João Antonio Dib, que solicita priorização da discussão e votação do PLE nº 020/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2744/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 020/10, que cria 25 (vinte e cinco) cargos de assistente administrativo e extingue 20 (vinte) cargos diversos de provimento efetivo do Quadro de Cargos de Provimento Efetivo, do Departamento Municipal de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto Alegre (PREVIMPA), estabelecido pela Lei nº 8.986, de 2 de outubro de 2002, e dá outras providências.

 

Parecer:

- da CCJ. Relatora Verª Maria Celeste: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 08-11-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLE nº 020/10. (Pausa.) Não há quem queria discutir. (Pausa.) Em votação o PLE nº 020/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3383/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 008/10, que altera limites de Subunidades, de Unidades de Estruturação Urbana (UEU) e de Macrozonas (MZs), cria Subunidades, institui como Áreas Especiais de Interesse Social – AEIS I e III – no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental (Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999) as áreas correspondentes aos empreendimentos aprovados no Programa Minha Casa, Minha Vida, da Caixa Econômica Federal (CEF), e aos novos empreendimentos destinados à produção habitacional, que atenda à Demanda Habitacional Prioritária (DHP), definido no § 3º do art. 22 da Lei Complementar nº 434, de 1999. Com Emendas nos 01; 02, com Subemenda nº 01; 03; 04; 19; 21 a 25.

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR, CUTHAB e COSMAM. Relator-Geral Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto e das Emendas nos 02, com Subemenda nº 01; 19 e 21 a 25 e pela rejeição das Emendas nos 01, 03 e 04.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- retiradas de tramitação as Emendas nºs 05 a 18 e 20;

- incluído na Ordem do Dia em 10-11-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLCE nº 008/10. (Pausa.)

Apregoamos a Emenda nº 27, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, ao PLCE nº 008/10. (Lê.): “Substitua-se, na redação do art. 66 do PLCE nº 008/10: 1 - a densidade da subunidade 12, para que passe a ser 280 hab/ha; 2 - a quota de altura de que trata o inc. IV - volumetria, que passa a ser de 15 metros.”

Apregoamos Requerimento, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 27 ao PLCE nº 008/10 às Comissões. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Requerimento): Sr. Presidente, creio que é possível votar em bloco as Emendas e Subemenda ao PLCE nº 008/10. Contribuindo com a Casa, é que se fez aquela ampla composição em que o Ver. Engenheiro Comassetto contribuiu objetivamente com a retirada de 14 emendas, e a Verª Sofia Cavedon também concordou em retirar uma das suas Emendas, aquelas que serão encaminhadas para o Projeto correspondente, porque se tratam de áreas ocupadas que, evidentemente, não estariam bem colocadas nesse Projeto. Foram retiradas e ficaram resguardadas. Por isso hoje temos condição de votar em bloco essas matérias, se regimentalmente for possível.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Entendido, Ver. Reginaldo Pujol. Então, faremos o bloco, primeiramente, da votação das Emendas nº 01, nº 03 e nº 04, cuja recomendação é pela rejeição.

Em votação o bloco constituído pelas Emendas nº 01, nº 03 e nº 04 ao PLCE n° 008/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) REJEITADO.

Em votação o bloco constituído pelas Emendas nº 02, com Subemenda nº 01; nº 19, nº 21 a nº 27 ao PLCE nº 008/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Em votação o PLCE nº 008/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1201/09 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 007/09, de autoria dos Vereadores Beto Moesch e Dr. Raul, que altera a ementa, os arts. 1º, 2º e 3º e inclui arts. 2º-A e 3º-A na Lei Complementar nº 555, de 13 de julho de 2006, alterada pela Lei Complementar nº 574, de 7 de julho de 2007, alterando a abrangência da proibição ao uso de produtos fumígenos no Município de Porto Alegre, a definição desses recintos e as penalidades previstas ao não cumprimento dessa Lei Complementar.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Valter Nagelstein: pela existência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela rejeição do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. João Pancinha: pela rejeição do Projeto;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Adeli Sell: pela rejeição do Projeto;

- da COSMAM. Relator Ver. Mario Manfro: pela rejeição do Projeto (empatado).

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 07-06-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLCL nº 007/09. (Pausa.) O Ver. Beto Moesch está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, aqui mais um Projeto em que eu e o Ver. Dr. Raul poderíamos pedir o Regime de Urgência, mas não pedimos. Não pedimos o Regime de Urgência, e poderíamos ter feito em 2008, justamente para suscitar o debate que ocorreu nas Comissões, que vai passar a ocorrer agora no Plenário e que está acontecendo pela Cidade afora durante meses e anos. Esta tem sido a nossa filosofia de tramitação de Projetos, jamais pedir Regime de Urgência.

Eu quero aqui, em primeiro lugar, Ver. João Carlos Nedel, parabenizá-lo, porque V. Exa talvez tenha sido a primeira figura parlamentar a enfrentar o debate sobre a necessidade de regrarmos melhor o uso ou não de cigarros em ambientes fechados. Eu estava na SMAM, na época, mas acompanhei o Projeto. Pessoas da nossa relação ajudaram a fazer o Projeto, inclusive - não vou citá-los aqui, porque não cabe -; e como todo Projeto que muda hábito, ou que busca mudar hábito, que modifica o dia a dia, sofre resistência e passa a ser polêmico.

Sobre o Projeto original, do Ver. João Carlos Nedel, que passou a ser uma Lei Complementar e que está em vigor, para poder passar aqui no Plenário, quero dizer que é óbvio que muito do que o Vereador quis passar não pôde para que o processo pudesse, ao menos, evoluir um pouco.

Qual foi a grande contribuição do Ver. João Carlos Nedel? Ele esmiuçou melhor as diretrizes gerais da Lei Federal que diz que é proibido fumar em ambientes fechados, a não ser que haja um ambiente arejado. E aí começa toda uma discussão sobre o que vem a ser ambiente arejado. Isso nunca foi regulamentado, nem em nível federal, nem em nível municipal.

A Lei Complementar traz também outros avanços: a exigência de cartazes, e aí cabe fiscalização... Isso suscitou um grande debate. Então, o que eu e o Ver. Dr. Raul nos propusemos fazer? Não é uma nova lei, Ver. João Carlos Nedel, não estamos propondo uma nova lei; estamos fazendo uma tentativa de aprimoramento e qualificação da Lei que, aliás, Dr. Thiago, o próprio Ver. Nedel tentou na época, mas não conseguiu em virtude de um cenário que havia naquele momento. Só que, de lá para cá - vejam o que vou dizer -, praticamente todas as capitais do Brasil, se não todas, proíbem o cigarro em ambiente fechado. Em Buenos Aires, não se pode fumar em ambiente fechado; no Uruguai, não pode há quase 10 anos, e não houve problema nenhum com os cassinos em virtude disso; pelo contrário. A cidade de São Paulo, o Estado de São Paulo, o Estado do Rio de Janeiro, o Município do Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba, o Estado do Paraná, Salvador, João Pessoa, Recife, a União Europeia, em seu todo, e o último país foi a Espanha. Os Estados Unidos, na minha opinião, radicalizaram, foram além, lá não pode fumar nas calçadas.

Então, o que queremos colocar é que não há nada contra o fumante, e, sim, a favor do não fumante, que tem o direito de poder ir a um local... Assim aconteceu na Câmara de Vereadores, onde se podia fumar. Quando eu vim a esta Casa, em 2001, até no plenário as pessoas fumavam, nos corredores as pessoas fumavam, e hoje não se fuma...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Beto Moesch continua a sua manifestação de discussão do PLCL nº 007/09, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Dr. Thiago Duarte.

 

O SR. BETO MOESCH: Ver. Dr. Thiago, muito obrigado pela cedência de tempo.

É importante colocar que essa regra se aplica a estabelecimentos públicos também, sem dúvida. O que é importante colocar também, como eu estava dizendo, é que não há aqui nenhuma tentativa contrária ao fumante - isso é um outro debate -, mas sim a de garantir os direitos ao não fumante.

O que acontece hoje? Se o estabelecimento é arejado, pode-se fumar; esse é o grande problema. Está comprovado que esse arejamento, entre aspas, não resolve o problema do fumante passivo. Os dados são surpreendentes - o Ver. Dr. Raul vai dar continuidade - porque mostram números impressionantes. Em primeiro lugar, diz respeito à desqualificação do ambiente fechado. Por isso vários restaurantes, hoje, não permitem o fumo, mesmo em ambiente arejado. Por exemplo, Ver. Mauro Pinheiro, em nenhum shopping center se pode fumar, e a Lei permite, desde que seja arejado. Em nenhum shopping center se pode fumar, mas pela Legislação pode, por quê? Porque desqualifica o ambiente. No aeroporto, não se pode fumar. Essa proibição começou nos aviões; houve uma polêmica muito grande. Como uma pessoa vai à Europa, viaja durante 12 horas, sem fumar? Não se pode fumar no avião. Só que, além do avião, no aeroporto não se pode mais fumar, mesmo em um ambiente arejado, por quê? Porque esse “arejamento” não dá garantia e segurança para o fumante passivo, simplesmente por isso.

O que eu e o Ver. Dr. Raul tentamos fazer foi permitir o uso do cigarro em varandas, em sacadas, ou seja, para a pessoa não precisa sair do prédio para poder fumar. Ao contrário, por exemplo, da legislação de São Paulo, que proíbe o fumo até mesmo embaixo de marquises - houve, talvez, um exagero, como ocorreu nos Estados Unidos. Então, estamos garantindo, nesses espaços - desde que abertos e seccionados da área fechada -, a permissão de fumar. É o que vários restaurantes estão fazendo.

O próprio Jornal do Comércio mostrou manifestações de donos de estabelecimentos comerciais favoráveis a uma legislação que proíbe o cigarro em ambiente fechado, porque já adotam isso há muitos anos. Poderia citá-los aqui, mas não vou citar, porque poderia omitir alguns, com certeza, até porque eu não conheço todos. O Datafolha fez uma pesquisa, recentemente, em agosto de 2010, que mostrou que 73% dos fumantes são favoráveis à Lei Antifumo, em São Paulo; os não fumantes, praticamente todos, claro, são favoráveis. Setenta e três por cento dos fumantes de São Paulo são favoráveis à Lei que proíbe o fumo em ambiente fechado; os não fumantes, praticamente todos, quase 100%.

E por que isso? É a garantia aos trabalhadores, aos garçons, às garçonetes, por isso a OIT é contrária ao fumo em ambiente fechado. E nós somos signatários da OIT e da Convenção-Quadro, que, embora seja uma convenção de Saúde, diz que os maiores problemas de Saúde, no mundo, são em virtude do fumo em ambiente fechado, por causa do fumante passivo. Os dados são impressionantes. Eu vou repassá-los a V. Exas, porque são vários dados, e ficaria cansativo colocá-los todos aqui, na tribuna.

Não há como nós termos segurança, saúde, respeito, justiça, numa Cidade como Porto Alegre, nos dias de hoje, no cenário atual, sem garantirmos os direitos ao não fumante. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, eu quero dizer ao Ver. Beto Moesch - Vereador pelo qual eu tenho um grande respeito, Vereador que contribui muito para esta Cidade - que a minha dúvida é a seguinte: se o cigarro faz mal, se o cigarro mata, se o cigarro é uma droga, por que é liberado? Por que é vendido em qualquer esquina? É isso que eu não consigo entender! Agora, se alguém aqui conseguir me fazer entender, eu até concedo um aparte! Por que essa droga é liberada? Por que essa droga é vendida no supermercado? Ninguém tem a resposta? Eu tenho, mas eu não vou falar. Eu tenho, mas eu não vou falar!

 

(Manifestações do Plenário.)

 

O SR. DJ CASSIÁ: Agora, é difícil você transitar nas ruas de Porto Alegre! Eu, hoje mesmo, vindo da Zona Sul, na subida do bairro Cavalhada, onde colocaram um controlador de velocidade, num lugar onde, quando passa um caminhão, não passa um carro, passavam dois caminhões. Houve a casualidade de um dos caminhões estragar, e eu não tive como passar. Eu tive que ficar praticamente três minutos com meu nariz fechado, porque eu não aguentava o cheiro daquele troço que aquele cano de descarga do caminhão estava soltando! Aquilo não mata também? Esse não é um caso isolado! Agora eu não posso aqui deixar de defender os direitos daqueles que não fumam, mas também não posso intervir no direito daqueles que fumam! Não posso! De forma alguma, eu não posso deixar de defender o direito daqueles que não fumam, repito, mas não posso também intervir no direito daqueles que fumam. Ora, nós vivemos em um país democrático, em que as pessoas têm seu direito de ir e vir? Sim ou não, Ver. Nilo Santos? Ajude-me, meu Líder! Sim ou não? Agora, caso a resposta seja não, eu vou dizer: “Você, a partir de hoje, que não fuma, vai fumar; e você que fuma vai deixar de fumar.” Não posso!

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exa permite um aparte?

 

O SR. DJ CASSIÁ: Eu lhe concedo o aparte, Ver. Nilo.

 

O Sr. Nilo Santos: Ver. DJ Cassiá, parabéns pelo seu discurso. Eu não fumo, mas não se resolve problema proibindo! Não se resolve dessa forma! Se fosse assim, o Ver. Beto Moesch teria o nosso apoio, se fosse impedida a comercialização do cigarro, porque a maconha, a cocaína e outras drogas pesadas são proibidas e são consumidas. Se é para proibir a comercialização, é outro assunto, mas tirar o livre-arbítrio das pessoas é complicado! Eu sugiro que os garçons que atendem nesses ambientes também sejam fumantes, o que não condena, se for o caso, um garçom ou uma garçonete que não fume a atender num ambiente cheio de fumaça. Isso foi só para contribuir!

 

O SR. DJ CASSIÁ: Obrigado, Ver. Nilo Santos. O Projeto é bom, Ver. Beto Moesch, mas nós temos que discutir melhor, e discutir com a sociedade; temos que discutir com aqueles que fumam e com aqueles que não fumam. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente, colegas Vereadoras e Vereadores, eu quero falar mais especificamente para quem nos assiste, para a sociedade porto-alegrense, porque é comum, no caso do combate ao tabagismo, se apresentar um conjunto de projetos de lei que vão e que vêm, que vão e que vêm! Há, indiscutivelmente, um forte ingrediente marqueteiro nessa questão, porque aqueles que defendem o ambiente saudável, que defendem a sustentabilidade, veem a sociedade como um todo; elas reconhecem que existem vícios, elas reconhecem que existem pessoas que fumam e pessoas que não fumam. E nós, que combatemos o Apartheid, não vamos aqui compactuar com esse tipo de Projeto de Lei.

A Lei de Porto Alegre é rígida, tremendamente rígida, e deve continuar tal qual está. Mudá-la significa fazer um confronto com estabelecimentos comerciais que gastaram uma verdadeira fortuna para fazer valer a Lei na cidade de Porto Alegre. Fizeram ambientes separados, climatizados, com exaustores, e alguns eu conheço, fizeram exaustores de primeiríssima qualidade, de Primeiro Mundo. Nas estações de trens, nos metrôs, nos aeroportos, em vários lugares existem fumódromos com exaustores. E em centros de eventos, em Brasília, por exemplo, na Capital Federal, eu vi a mesma coisa.

Eu não fumo, eu insisto com os meus colaboradores para que não fumem, eu me considero um antitabagista 365 dia por ano, mas eu também reconheço que há pessoas que fumam, que há pessoas que trabalham na lavoura - e no Rio Grande do Sul, temos milhares de plantadores de fumo, inclusive a maioria é para exportação -, há fábricas que empregam pessoas, e há impostos que são cobrados.

O que está muito bom, a gente não muda, porque, se mudar aquilo que está muito bom, acaba mudando para pior. E aí vamos ver, sim, as pessoas saindo para a rua, fumando onde todos transitam, como se não houvesse problema e, pior do que isso, as pessoas vão colocar as baganas de cigarro nas ruas. Em relação a isso, eu não ouvi uma palavra, não vi um movimento, não vi absolutamente nada.

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Cumprimento V. Exa pela clareza do seu pronunciamento. Concordo com V. Exa, porque, se nós proibirmos indistintamente, temos que, primeiro, proibir que as bancas de revistas vendam cigarros, por exemplo, que são uma concessão pública, estão nas calçadas - também há quem fez investimentos.

Nessa mesma linha, deve haver a conscientização, pois o Projeto e a intenção dos Vereadores Beto Moesch e Dr. Raul são bons, de boa intenção, mas temos de começar pelo começo, e vamos trabalhar no sentido do seu pronunciamento.

 

O SR. ADELI SELL: Obrigado, Ver. Cecchim. E é nesse diapasão que eu continuo a minha fala. O que está bom, o que está muito bom, já foi feito: a observância rígida da Lei. O que os comerciantes, os donos de bares e restaurantes fizeram, e vão continuar fazendo, é obedecer a uma lei rígida, que teve a plena capacidade do Ver. Nedel, entre outros. É isso que nós não vamos mudar, Ver. João Antonio Dib; nós vamos permanecer nessa Lei existente. E eu espero que os Vereadores que fizeram este Projeto de Lei olhem para a sociedade como um todo e tenham uma militância cotidiana na educação para o bom consumo, para a saúde e para o bem-estar das pessoas. Nós vamos votar contra o Projeto, porque ele não é do interesse público.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Eu quero que fique nos registros que o PLCE nº 008/10 foi votado e aprovado por unanimidade da Casa. A Casa aprovou por unanimidade a instituição das Áreas de Interesse Social.

O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra, para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. RAUL TORELLY: Sr. Presidente, Ver. Tessaro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras e todos que nos assistem, vejo que temos representações muito qualificadas no nosso Plenário. Na realidade, a proposição deste Projeto veio a mim, em parceria com o Ver. Beto Moesch, porque se soma à minha história de vida pessoal, à minha formação como médico.

Eu me formei, em 1979 - lá se vão 31 anos -, em Cardiopneumologia e, na Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia, onde havia o nosso sempre Líder, Dr. Mário Rigatto, eu tive a minha formação médica clínica. E, desde lá, eu venho convivendo com uma situação que acho que deveria ser extinta. Eu posso parecer um pouco radical, mas a minha decisão pessoal de não fumar já tem muitos anos. E eu sou um daqueles apologistas, assim como a Associação Médica, assim como as entidades médicas, do Fumo Zero. Por quê? Porque nós temos, na sociedade, uma perda estatística de, no mínimo, dez anos de vida para os fumantes. Essa é uma questão. Este nosso Projeto não vem de encontro dos fumantes; na realidade, ele vem ao encontro dos não fumantes, que são fumantes passivos, ou seja, eles são obrigados, direta ou indiretamente, a conviver, em ambientes fechados, públicos ou privados, com a fumaça tóxica do cigarro.

Nós sabemos que a fumaça, até antes de sair do filtro - porque ela vai para o ambiente, para os não fumantes -, é mais tóxica, inclusive. Os não fumantes são afetados em 30% do valor que os fumantes são afetados. Eu tenho esse dado há 30 anos, quando, na Enfermaria 29, assisti a uma defesa de tese do Dr. de Luca - ainda me lembro do nome do colega -, que fez a dosagem do carboxihemoglobina, ou seja, a dosagem da hemoglobina associada ao fumo nas pessoas que não fumavam e trabalhavam em escritórios com fumantes.

Então, o que tenho para dizer a vocês é que eu trabalho em defesa, em primeiro lugar, da vida. No meu mandato, antes de tomar uma posição qualquer, eu coloco a defesa da vida em primeiro lugar, e disso eu não tenho a menor dúvida, por milhares de pessoas que já vi e com quem já convivi, com enfisema pulmonar, com os mais variados tipos de câncer, com doenças circulatórias gravíssimas. Eu tenho uma pessoa da minha família, inclusive, daquelas que ficam fumando em seu apartamento, que não tinha nenhuma outra doença, apenas fumava, mas que já teve que fazer cirurgia nas duas carótidas e teve uma perna amputada. Isso é o que acontece na vida daquela pessoa que fuma em ambiente fechado e compulsoriamente - não estou dizendo que todos cheguem a esse ponto.

Eu bem me lembro, e todos os colegas aqui se lembram que, pelo menos os mais antigos, quando se fala em prevenção, que não se usava cinto de segurança, os carros vinham sem cinto de segurança. Quantas pessoas morreram em função de não termos cintos de segurança!

Então, hoje, os fumantes passivos não têm nenhuma segurança e nem respeito em ambientes fechados. Não é para radicalizar a matéria, mas, dentro desse processo, recebemos inúmeros e-mails solicitando, inclusive, que esse tipo de proibição fosse ampliada às paradas de ônibus, porque muitas pessoas se sentem constrangidas, por exemplo, num dia de chuva, de estar embaixo de um abrigo de ônibus junto com pessoas que fumam, não podendo se afastar daquele ambiente.

Várias pessoas se manifestaram, inclusive a imprensa, no sentido de tentar proibir o fumo em campo de futebol.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Raul Torelly continua a sua manifestação a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Haroldo de Souza.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Agradeço ao Ver. Haroldo a cedência do tempo.

A minha contribuição vai muito além da questão econômica. Eu, absolutamente, não tenho nada contra qualquer atividade econômica, seja ela plantação, comercialização, seja o que for, de qualquer material que não faça mal à vida humana. Então, no momento em que estamos comercializando materiais, objetos que prejudiquem a vida humana, cada um tem a sua opinião e a sua posição. Eu sou contrário. Enquanto eu estiver no meio político, público, podendo manifestar minha opinião numa tribuna, essa vai ser a minha linha de ação. Acho que todos nós temos direito de ter respeitados os nossos negócios, as nossas funções, os nossos interesses, por mais legais que eles sejam. Agora, a questão do coletivo e do individual tem de ser muito respeitada. E a pessoa que não fuma e está exposta ao ambiente do fumante, certamente, não está sendo respeitada, tanto que nós abrimos - como bem falou o Ver. Beto aqui, que também fez uma dissertação ampla sobre o Projeto - aquela exceção das varandas, das áreas, dos locais onde as pessoas realmente possam fumar, para não ferir o direito individual.

Agora, se me perguntarem se sou favorável a que elas fumem lá fora, eu, como médico, também sou contra, sou radical; por isso me associei a essa matéria. Isso já ocorre em muitas capitais, e, na realidade, é uma mudança cultural que o mundo vem fazendo. Se Porto Alegre não aprovar este Projeto, vai dar um passo atrás nesta matéria.

Eu tenho também a convicção de que, nos próximos anos, isso vai acontecer na nossa Capital. Isso vem da Convenção-Quadro, vem de uma ação mundial que está sendo ampliada dia a dia, ano a ano, porque são milhares de pessoas que morrem.

Sobre a questão financeira ligada ao cigarro, nós sabemos também que, se nós colocarmos o que o Governo gasta com a Saúde, atendendo pessoas doentes, muitas delas crônicas, que estão nos nossos hospitais, com toda a falta de leitos, com toda a falta de investimento que se tem na Saúde do País; se nós pegarmos o que o fumo traz de dispêndio de recursos para a área da Saúde do Governo e compararmos com o retorno econômico que ele traz para a sociedade, teremos que discutir isso em muitos seminários e vamos encontrar dados de todos os lados, mas, certamente, é um debate muito importante que deve ser feito.

Particularmente, entre discutir a questão do que é mais importante, eu prefiro ficar na defesa dos órgãos que levam à vida humana. Alguns dizem que o principal órgão do ser humano é o bolso; eu ainda acho que são o coração, os pulmões, o cérebro, e, esses, certamente, são extremamente atingidos pelo fumo e tiram a qualidade de vida das pessoas.

Então, o que queremos é realmente deixar essa nossa posição marcada aqui e pedir o apoio dos colegas. Eu sei que vamos ter dificuldade de aprovação, pelo que eu conversei aqui no Plenário, mas acho que é um momento de reflexão desta Casa, pois, se este Projeto, hoje, não tiver o apoio dos nobres colegas, este momento será lembrado, historicamente, como um momento retrógrado, quando poderíamos ter tido um avanço importante para a Saúde, para a Cidade, para a qualidade de vida de todos nós, e não conseguimos concretizar esse avanço. Ainda espero e solicito a aprovação dos colegas ao nosso Projeto. Obrigado. Saúde para todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, rapidamente, vou fazer algumas colocações. A Lei nº 555/06, de minha autoria, alterada pela Lei nº 574/07, está em vigor desde aquela época. O objetivo da Lei era, basicamente, educativo, e não punitivo. Fizeram-se audiências públicas, um Seminário, discutiu-se com a sociedade, com todos nesta Casa, e ela foi aprovada de acordo com o que foi discutido inclusive com o Ministério Público. A Lei está em vigor, está sendo fiscalizada. Somente neste ano - seguindo informações da SMIC que eu tenho aqui -, foram 490 vistorias; dessas, foram feitas 70 notificações e 57 multas, que foram de 50 Unidades Financeiras Municipais, que hoje chegam, exatamente, a R$ 123,28. A multa é dada em duas situações: se a fiscalização apanha alguém fumando ou se o estabelecimento não tiver o cartaz que a Lei obriga a estar afixado, dizendo que, naquele local, é proibido fumar.

A Lei Federal nº 9.296 funciona desde 1996, só que ela não tinha sanções; por isso, foram colocadas as sanções na Lei Municipal. A Lei Federal permite o “fumódromo”; então, a minha Lei, Ver. Tarciso, teve que se restringir à Lei Maior, que é a Lei Federal, que permite o “fumódromo”. A Lei do Ver. Beto Moesch e do Ver. Dr. Raul Torelly proíbe o “fumódromo”, só que uma Lei Municipal não pode ultrapassar a Lei Federal. A alegação é que a Convenção-Quadro, da ONU, recomenda que não existam mais “fumódromos”, mas uma convenção internacional, recomendando algo, não pode alterar uma lei federal. O que pode alterar a Lei Federal é o Projeto de Lei nº 315, de autoria do Senador Tião Viana, que teve Parecer favorável da Senadora Marina Silva, que diz ser a favor de que a Lei Federal acabe com os “fumódromos”. Então, hoje, a Lei do Ver. Beto Moesch e do Ver. Dr. Raul Torelly é inconstitucional. Por que ela não foi ainda julgada? Porque quem julga a inconstitucionalidade é o Superior Tribunal Federal, que ainda não julgou. Portanto, essas leis aprovadas, inclusive a de São Paulo, deverão ser julgadas inconstitucionais.

Outro problema é o valor das multas. A multa atual é de R$ 123,00; a primeira do Projeto do Ver. Beto Moesch é de R$ 369,00, três vezes mais; a segunda é de R$ 616,00; a terceira é de R$ 1.232,00, com a cassação do Alvará. Essa é muito drástica, é um castigo muito forte para os proprietários dos estabelecimentos. Por isso, quero que se mantenha a Lei que está em vigor e se rejeite o presente Projeto.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; senhoras e senhores, quero ser bastante rápido e trazer a nossa posição, o porquê de ter sido o primeiro Relator das Comissões que se manifestou contrário à aprovação desta proposta. Acredito que o debate que o Ver. Beto Moesch traz para o Plenário é bastante necessário e até oportuno, porque trata de um tema recorrente, que tem sido bastante discutido em nível, inclusive, federal, estadual, e agora, comprovadamente, também no municipal, até porque a maioria dos Vereadores está se manifestando na tarde de hoje.

Lembro-me de que, lá no final dos anos 1980, no início de 1990, discutimos, aqui na Câmara, talvez um dos primeiros projetos que trataram sobre a questão do fumo em locais fechados. Eu sou fumante. Claro que não acredito que seja uma das melhores práticas a que eu esteja adotando, mas sei que é um vício que tenho. No final dos anos 1980, início de 1990, decidiu-se pela separação entre espaços para pessoas fumantes, meus caros Ver. DJ Cassiá e Ver. Nilo Santos, e espaços para pessoas não fumantes. Eu disse que votaria favoravelmente àquela Lei, e votei, mas disse também que era praticamente certo que colocariam nós, os fumantes, lá no canto das salas, e isso efetivamente aconteceu: os espaços reservados aos fumantes são normalmente os piores espaços que os nossos estabelecimentos têm.

Acredito que essa regra de dificultar a prática do fumo é salutar, porque sou professor e lembro-me dos tempos em que se fumava na sala de aula. Eu sei hoje que, se eu tenho um compromisso de três horas em ambiente fechado, eu não fumo. Então, é positiva a ideia de restringir ou, vamos dizer assim, dificultar o hábito da prática do fumo em locais inadequados, mas eu acredito, meu caro Ver. Raul, que essa separação existe e já está definida. Nós temos diversas regras em nível federal, em nível estadual e em nível municipal que, se não são as melhores das regras, parece-me, satisfazem. Daí por que mantermos como estamos hoje é melhor do que o proibir de qualquer jeito; com o proibir e o não fazer, daqui a pouco vai acontecer o que acontece com as drogas proibidas. Então, acho que precisamos, sim, compreender a necessidade de respeitar o não fumante - isso é uma necessidade - e de compreender que as pessoas que têm o hábito, o vício de fumar, também precisam ser respeitadas e precisam ter um espaço mínimo, um local onde possam fumar.

Acho este um tema interessante. Vou votar contrariamente ao Projeto, mas entendo que estamos no caminho de pensar isso coletivamente...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLCL n° 007/09, por transposição de tempo com o Ver. Elias Vidal.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Prezado Presidente, Nelcir Tessaro; minhas colegas Vereadoras; meus colegas Vereadores; nossos visitantes, quero cumprimentar o Ver. Raul e o Ver. Beto, porque acho que a Casa precisa enfrentar esses temas polêmicos. Acho, Ver. Nedel, que estamos vivendo um processo. Primeiro, quero enfrentar a questão da hierarquia das leis. Acho que V. Exa tem um pouco de razão, mas esta Casa, muitas vezes, não respeitou a hierarquia das leis. Então, eu não vou por aí, mas nós temos uma legislação possível na cidade de Porto Alegre. Vejam o seguinte - e vários colegas Vereadores já colocaram isto: na verdade, o poder econômico manda no mundo; não é em Porto Alegre, não é no Rio Grande, não é no Brasil, mas no mundo. Existem as drogas permitidas e as drogas não permitidas; às vezes, as não permitidas são as mais consumidas. Há países que fazem a descriminalização na maconha, da cocaína e de outras drogas e entendem que esse é o caminho da Saúde pública.

Então eu reconheço, Ver. Dr. Raul Torelly, que há um custo enorme para o Brasil, e não só nessa área. Por exemplo, se eu agregar aqui a questão do álcool com direção e outras coisas, isto é um custo social, humano e financeiro enorme para o Brasil. Eu não posso discutir apenas a árvore, eu tenho que olhar a floresta como um todo.

Nós votamos uma Lei que estabeleceu critérios, dizendo que os estabelecimentos têm que se adaptar para que possa haver ambientes para fumantes e para não fumantes, e estabelecemos, inclusive, uma multa para isso. Da Casa Legislativa, essa Lei foi para o Executivo, e essa Lei foi sancionada. Compete à população fiscalizar; compete a nós, como Vereadores, fiscalizar; à SMIC compete fazer a autuação, e ela tem feito as averiguações.

Fazendo um paradigma, Ver. Idenir Cecchim, confesso, sinceramente, que não me arrependo de nenhuma votação que fiz, mas eu não votaria hoje, de novo, a favor da proibição de venda de bebidas alcoólicas em postos de gasolina, porque não diminuiu em nada o consumo de álcool nesta Cidade, pois o cara compra todas as cervejas do mundo, todos os vinhos do mundo, todos os conhaques do mundo, estaciona dois metros dali e vai tomar! Mas nós fomos levados a votar essa Lei que, aliás, não tem como ser cumprida, porque, se o cidadão abrir uma latinha de cerveja e disser “vou tomar”, o que o dono do posto vai fazer? O que o empregado vai fazer? Vai dar um soco no sujeito?

Faço uma pergunta. Se eu não tenho como fiscalizar o fumante, e um cidadão vai lá num “copacabana da vida” ou num “barranco da vida”, bebe, fica machão e acende o cigarro, eu vou lá e toco a multa nele. Aí o dono do bar diz que ele não pode fumar, mas ele apaga o cigarro e acende o segundo cigarro. Aí, vai “sair no tapa” com o sujeito? A SMIC vai lá e, pela Lei que está aí, cassa o Alvará do sujeito que investiu, que tem 200 funcionários? Não pode ser assim! Não pode ser assim!

Ver. Beto Moesch, V. Exa merece muitos, muitos aplausos, porque este assunto acende um debate que não pode parar. O que vejo hoje é que, cada vez mais, os não fumantes vão empurrando os que fumam, e hoje o sujeito, até para acender um cigarro na rua, tem que pensar dez vezes.

Este é um processo em andamento; portanto, vou votar, respeitosamente, pela derrubada do Projeto.

 

O Sr. Idenir Cecchim: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado, Ver. Sebastião Melo. Eu estava acompanhando atentamente o seu pronunciamento, e, no que toca aos postos de gasolina, realmente... Na semana passada, eu falei sobre esse assunto. Assisti a uma cena impressionante. Três carros estacionaram na calçada de um posto de gasolina, naquele antigo posto do Figueroa. Os tripulantes desses três carros estavam, amigos e amigas, na boate em frente ao posto. Compraram a bebida alcoólica em outro lugar e foram para a calçada desse posto. O gerente do posto foi lá e disse: “Vocês não podem fumar aqui, porque há uma Lei”. Eles responderam: “Nós vamos fumar aqui”. O gerente argumentou: “Mas não pode”. Eles: “Então, chama a polícia”. O gerente chamou a Brigada Militar. O brigadiano chegou lá, e os caras disseram: “Nós estamos na calçada e não na área do posto”. Não há lei que proíba de beber na calçada. O brigadiano disse: “Então. está bom. Até logo”. Foi embora.

Temos que nos preocupar com essa Lei, sim.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: O Ver. Idenir Cecchim acabou traduzindo o que acontece na prática, Ver. Carlos Todeschini. Não vamos “tapar o sol com a peneira grossa”. O custo mundial, o custo Brasil com o fumo é enorme, mas estamos num processo em que, cada vez mais, se consegue convencer pessoas a pararem de fumar.

Eu sou de 1958 e me lembro de que, na década de 70, o sujeito que não fumasse não era homem. Pelo amor de Deus, se o cara não tivesse uma carteira de [cigarros] Continental...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Sebastião Melo continua discutindo o PLCL nº 007/09, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Mauro Pinheiro.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Obrigado pela gentileza.

Eu estava dizendo, Ver. Mauro Zacher, que o sujeito que não fumasse não era machão. As melhores propagandas, os melhores comerciais do mundo inteiro e no nosso País eram feitos para propagandear cigarros. Continental sem filtro mata mais rápido...

Pois bem, a Lei Federal, Ver. João Carlos Nedel, criou a possibilidades dos “fumódromos”, correto? Vossa Excelência repetiu na hierarquia das leis, remetendo, para que os bares, restaurantes se adaptassem. E assim tem sido feito. Claro que o senhor vai me perguntar se 100% dos bares que permitem fumantes têm feito isso? Eu diria que não. E aí entra a fiscalização.

Ver. Dib. V. Exa diz: “Chega de leis. Mais atitudes, menos leis!”

Então eu diria, Ver. Beto Moesch, que este debate, na verdade, é oportuno.

 

O Sr. Beto Moesch: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Para colaborar com o debate, Ver. Sebastião Melo, eu quero colocar o seguinte: primeiro, existem alguns tipos de produtos que podemos consumir sem afetar o outro. Por exemplo, com relação à bebida, alguém pode se embriagar aqui, e o colega do lado não ficará embriagado. Com o cigarro isso não acontece. Essa é a diferença com relação ao produto chamado “cigarro”, e por isso ele tem local apropriado para ser consumido, que é em ambientes abertos.

O segundo ponto importantíssimo a colocar - já que V. Exa é advogado e estudioso do tema jurídico, o que já foi debatido aqui também, e V. Exa sabe - é que a legislação federal traça regras gerais, cabendo, sim, aos Estados e Municípios, esmiuçar e colocar a sua realidade. É por isso que praticamente todas as capitais do Brasil, em vários Estados, em virtude do que estabelece a Constituição Federal, de que podem legislar sobre saúde - sim, está expresso nos artigos 23 e 32 da Constituição Federal -, eles podem, sim, ser mais restritivos e mais esmiuçados que a Lei Federal, que dá uma regra geral. É por isso que, nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade contra as Leis de São Paulo e Rio de Janeiro, o Supremo Tribunal Federal não deu liminar, mostrando que, além de ter mérito na questão de saúde e segurança ao consumidor e ao trabalhador, é também constitucional.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Agradeço a sua contribuição. Por isso, Ver. Beto Moesch, V. Exa corroborou a minha tese. Eu afastei, em preliminar, a tese do Ver. Nedel, porque, cada vez mais, acho que a municipalidade e os governos locais têm mais importância; afinal de contas, o cidadão não mora na União, não mora nos Estados, ele mora na municipalidade, na sua comuna. Portanto, entendo que as leis locais, cada vez mais, devem prevalecer. Por isso afastei, de plano, essa preliminar, mas, no mérito, acho que estamos dentro do possível, e também numa legislação que foi votada logo ali atrás, em 2007. Quem sabe vamos revisá-la, até porque, até onde eu sei, Ver. Beto Moesch, há um Projeto de Lei no Congresso Nacional que estipula isso que V. Exa está propondo para todo o Brasil; eu li sobre isso. Portanto, apenas vim à tribuna por se tratar de uma matéria polêmica, para não ficar sem dar a minha opinião e para cumprimentar os Vereadores. Acho que temas como este enriquecem esta Casa. Não é pelo fato de eu ser a favor ou ser contra; pelo contrário, sempre acho que um bom debate qualifica as nossas relações e o respeito mútuo. Portanto, não vou votar com V. Exas, mas entendo que é um tema permanentemente importante e que deve estar englobado dentro da Saúde pública como um dos grandes desafios que este País tem.

Também é verdade o que disse aqui o Ver. Adeli. Aliás, por onde andei, nas regiões do Centro e da Serra, Ver. Adeli, disse, em uma reunião, que os governos - seja federal ou estadual - precisam ter uma política para 10, 15 anos de transposição para aqueles que, hoje, são produtores de fumo, porque, daqui a 10, 15 anos, não produzirão mais fumo, e o que vão fazer? Portanto, agradeço o Ver. Mauro pela cedência de tempo.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Elias Vidal está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; público que se encontra nesta Casa Legislativa e os que nos assistem pela televisão, venho a esta tribuna para me somar ao Ver. Dr. Thiago Duarte e ao Ver. Beto Moesch, como também àqueles Vereadores que vão se alinhar na posição de se somar a favor deste Projeto.

Eu quero aqui fazer uma reflexão com os senhores e dizer que trabalhei em um hospital de cancerologia, um dos maiores do Sul do Brasil, que é o Hospital Santa Rita. Ali participei, na minha rotina de trabalho, na área da Enfermagem, na tamponação de cadáver. Quem trabalha ou trabalhou em hospital - os médicos que se encontram aqui, as pessoas que têm conhecimento da rotina hospitalar - sabe que isso é uma rotina, especialmente com pacientes que morrem com alto percentual de infecção, de contaminação, de possibilidade de transmissão de doenças, agentes patológicos que vão causar e provocar, inclusive, infecção hospitalar.

Eu trabalhei vários anos em hospitais, e não foi só no Hospital Santa Rita, e quero compartilhar aqui com os senhores um pouquinho da minha pouca experiência, que não é muita. Não precisa trabalhar num hospital, não precisa ser um médico como o Dr. Raul, como o Dr. Thiago e outros, não precisa ser um médico, um conhecedor para saber dos malefícios do cigarro.

Eu pedi para a minha assessoria trazer umas gravuras coloridas, mas não chegaram a tempo - em outro momento, nós podemos mostrar a V. Exas -, gravuras que também não são nenhuma novidade.

Eu quero dizer que nós precisamos tirar as pessoas que fumam - e não só as que fumam o cigarro, mas as que fumam a droga, as que se utilizam de outras substâncias - da sua zona de conforto quando a razão e o motivo são bons para ela e são bons para os demais, faz bem para os que estão na volta.

Então, eu quero salientar aqui dois aspectos: primeiro, a questão de fumar não é simplesmente você interpretar e dizer assim: “É problema dele, ele que fuma, quem está contraindo a doença é ele, e isso é problema dele!” Não! Negativo. Isso não se restringe só a esse ponto de vista. Existem muitos outros aspectos que nós, Ver. Nilo, podemos tocar. Um deles é a questão financeira. Quanto se gasta para recuperar uma pessoa com uma doença, um câncer? Quanto se gasta para fazer uma ponte de safena? Quanto se gasta para fazer uma amputação, uma cirurgia? Porque são muitas as doenças causadas pelo cigarro.

Eu tenho aqui uma relação interessante, e acho que vou ler alguns pontos, por exemplo, somente com esses dois procedimentos de recuperação, de cirurgia, aqui tem uma cifra bastante astronômica de 338,6 milhões de reais para tratar doenças relacionadas ao consumo de tabaco. Ou seja, esse valor é muito elevado, e quem paga esta conta não é o fumante, ele paga uma pequena parcela. Os outros fumantes pagam, mas todos os não fumantes também pagam essa parcela.

Então, V. Exas analisam só do ponto de vista racional - do dinheiro, que não é a parte mais importante; o mais importante é a vida do indivíduo. Então, quando um Projeto desse tipo chega nesta Casa, do Ver. Dr. Raul Torelly e do Ver. Beto Moesch, temos que ter em mente que é um Projeto a favor da vida, a favor do bem, e nós estamos ajudando, inclusive, o fumante. Agora, dizer que o ventilador, o exaustor, a janela, o poço de luz, a ventilação...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Elias Vidal continua discutindo o PLCL nº 007/09, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Toni Proença.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Agradeço ao Ver. Toni Proença a cedência do tempo.

Quero dizer que o mais importante é a vida, porque todos sabem que, normalmente, os pacientes em fase terminal passam por um estágio de muito sofrimento. Há pessoas que não sabem que, por exemplo, nesses pacientes hospitalizados, os médicos utilizam um procedimento, que é seccionar a medula, cortá-la na altura da nuca, para que o paciente que tem algum tipo de câncer do pescoço para baixo, seja adormecido, como se fosse um tetraplégico, um paraplégico, para tentar tirar a dor, porque nem a morfina tira mais a dor desse paciente. Então V. Exas percebam o alto grau, o índice de dor, de sofrimento, que nem a morfina mais resolve. Um paciente que está nessa situação, podem ter certeza, não vai compartilhar com o prazer do cigarro, com tudo aquilo que ele disse em benefício do cigarro. Mesmo que esse paciente tenha sido contra uma lei que proíbe o cigarro, neste momento, em uma cadeira, em uma cama, em um hospital, em uma enfermaria, em uma UTI, muitas vezes respirando através de balões, cheio de intracath, todo perfurado, Ver. Nedel, ele será solidário com qualquer projeto que seja a favor da vida, porque, na hora da dor, na hora do sofrimento, na hora que o corpo está sendo mutilado, na hora em que parte dos seus órgãos está sendo retirada do seu corpo, quando parte de seu corpo está sendo cortada, neste momento não há cigarro que satisfaça prazer e nenhuma lei que proteja.

 

O Sr. João Carlos Nedel: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elias, o Ver. Sebastião Melo disse que nós aprovamos uma Lei daquilo que é possível. Eu também sou contra a existência dos “fumódromos”, mas a Lei Federal não me permite acabar com os “fumódromos”. E nós estamos, com esse Projeto, agredindo a Lei Federal. Vamos aguardar a aprovação do Projeto de Lei nº 315/08, do Senado, de autoria do Senador Tião Viana, que proíbe os “fumódromos”. Aí, sim, nós podemos também adequar a Lei. Obrigado.

 

O SR. ELIAS VIDAL: Obrigado por sua participação. Enquanto a Lei Federal não sai, milhões de pessoas estão morrendo! Nós, pelo menos, vamos tentar! Pode ser que a Lei não passe, mas, no mínimo, há mérito! Então, nós vamos tentar, mesmo que se perca, mas vamos tentar, porque há um grande mérito! Há um mérito em vida, há um mérito em qualidade de vida! Enquanto a Lei não sai, vamos, pelo menos, tentar! A esperança é a última que morre! Vamos trabalhar a favor de quem quer viver! Se o indivíduo quer fumar, que fume, mas não nas minhas narinas! Se eu quiser, eu tenho o direito de fumar ou não, mas eu tenho o direito de ter oxigênio puro! Se o indivíduo quiser fumar, que fume, mas vá fumar na rua, na chuva, na neve, na madrugada, isso é problema dele, pois ele optou por fumar! Eu optei por usar o oxigênio que Deus deu, que é o ar puro para se fumar. E V. Exa, Ver. Nedel, é um religioso! Deus não criou ninguém para fumar, porque, senão, o nosso nariz teria nascido para cima ou com uma chaminé! Não é normal botar fumaça e mais de quatro mil venenos para dentro do corpo! Isso é uma anomalia, é uma aberração! Isso é um atentado à vida, a Deus e a tudo o que existe de bom senso nesta Terra.

 

O Sr. João Carlos Nedel: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Vereador, nós fizemos as leis, e o nosso maior compromisso é cumpri-las.

 

O SR. ELIAS VIDAL: A maior lei é a de Deus, e a maior lei é a vida! O resto é besteira! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu inicio cumprimentando os Vereadores Dr. Raul Torelly e Beto Moesch por terem tido a coragem de propor esse debate. Muitas vezes, nós, Parlamentares, nos deparamos com situações diversas e ficamos um tanto preocupados em trazer discussões polêmicas para esta tribuna. Então, quero cumprimentá-los pela iniciativa e pela coragem deste debate.

Quero dizer que vou votar com Vossas Excelências. Não me faz feliz votar só, ou sempre, com a maioria. Estou convicto de que precisamos enfrentar esse assunto. Evidentemente tenho muita dificuldade em aceitar a situação de que vários comerciantes como, no caso, os restaurantes que já adequaram seus ambientes com a criação dos “fumódromos”, e nós, agora, alterarmos a legislação novamente. Então, é triste ouvir do empreendedor que se adequou à Lei que terá de se adequar novamente à Lei.

O que precisa ser dito com mais ênfase é que se trata de educação. Tenho muitos amigos fumantes, e sei que amanhã, ou hoje mesmo, já estarei recebendo e-mails reclamando do meu voto, ou reclamando daquilo que estou dizendo, mas é muito difícil ficar omisso ou em cima do muro quando se trata de um assunto de tamanha importância. Trata-se de educação. Acho que, se nós tivéssemos um pouco mais de informação sobre educação, sobre o que significa educação, não precisaríamos estar discutindo esse assunto. Infelizmente, muitos fumantes ainda não respeitam aqueles que não fumam.

Os trabalhadores desses estabelecimentos, como os garçons, não têm escolha, não têm opção de poder dizer que não querem trabalhar no estabelecimento porque ali há fumantes. Esses profissionais, esses cidadãos, esses seres humanos, precisam ser olhados também.

Então, Ver. Beto Moesch, Ver. Dr. Raul Torelly, quero dizer que também acho que este poderia ser um Projeto de consulta popular. E quero convidá-los para fazermos um projeto de consulta popular, trazer a população para opinar. A população precisa participar mais ativamente de certos assuntos. Alguém poderá dizer: “Mas o que é que fazem os Vereadores, que são eleitos para representar a população?” Também precisa ser considerado isso, mas esse é um Projeto, a meu ver, típico da necessidade de uma consulta popular. A sociedade precisa ser chamada para opinar sobre certos assuntos. E este me parece ser um deles, tem ônus e bônus. Eu fico com o Projeto e os cumprimento pela iniciativa. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu escutava atentamente os pronunciamentos dos Vereadores e dos proponentes do Projeto, e também tive a oportunidade de conversar com os meus colegas de Bancada. Talvez este seja um assunto que nós tenhamos que, de fato, avançar na Cidade.

Quando se fala no fumo, imediatamente se vê a preocupação com a economia gaúcha, e isso entra no debate, assim como a questão dos pequenos produtores e a garantia da sua renda. Esse Projeto nada fará contra o consumo, e sim garantirá àqueles que não são fumantes irem a lugares fechados sem precisarem suportar aquilo que não querem. Isso pode parecer, para os donos de restaurantes e bares, talvez, uma preocupação, mas eu não tenho dúvida de que, daqui alguns anos, se o Projeto for aprovado, eles nos darão razão. Eu não tenho dúvida de que os fumantes, em espaços fechados, mais atrapalham do que garantem ali a freguesia, enfim.

Pode ser que o Projeto tenha falhas, mas uma certeza eu tenho: de que não adianta somente nós discutirmos aqui, diariamente, as questões do trânsito, não é somente com a prevenção ou fazendo coisas paliativas que iremos enfrentar essa situação.

Então, estou absolutamente confiante de que a aprovação deste Projeto irá garantir aquilo que a Lei Municipal atual não conseguiu garantir: que tivéssemos espaços separados. Recentemente, fui a um bar e, depois, conversei com o gerente do bar, que mal sabia da Lei e não sabia como se posicionar naquela situação.

Então, estou convencido de que talvez estejamos aprovando o Projeto que pode trazer algum tipo de situação que não agrade os setores de bares e restaurantes, mas estou convencido de que isso é o melhor e que vocês irão dar essa contribuição, irão dar razão a nós, Vereadores, que estamos proibindo isso. Não estamos indo contra aquilo que outras grandes cidades já fizeram. Ali não é possível ter dois espaços; ali não é possível construir espaços laterais; ali, Beto e Raul, só é possível garantir que não haja fumantes em espaços fechados. Olha, os restaurantes, na sua maioria, não se restringem apenas aos espaços fechados, às sacadas, às varandas, às frentes, às mesas. O que tenho certeza é de que não estamos discutindo, neste momento, consumo, e sim a garantia daqueles que querem ir a lugares fechados, a uma boate, e que ali não terão que suportar aquilo que não estão dispostos.

Então, eu não sei, eu já conversei com os Vereadores da minha Bancada e gostaria de sugerir a eles que seguissem essa orientação, porque já conversamos sobre o assunto; no entanto, é bem possível que não tenhamos consenso sobre isso, mas, neste momento, o que se tem de melhor a fazer - e eu queria sugerir à minha Bancada - é garantirmos a certeza de que não poderá se fumar em lugares fechados. Eu tenho certeza de que estamos garantindo, através desta legislação, o deseja a maioria absoluta da população da nossa Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; senhoras e senhores, esta matéria que estamos discutindo nesta tarde pode mexer, e muito, com a vida de um setor da sociedade, principalmente dos bares e restaurantes. Os donos de bares e restaurantes preferem a legislação exatamente como ela é, enquanto que o Ver. Beto Moesch e um grupo que, parece, vai aumentando a cada pessoa que passa aqui por esta tribuna, quer a modificação desta legislação para que nós tenhamos o Fumo Zero em bares e restaurantes.

Eu acredito, Ver. Toni Proença, que nós aqui devemos evitar, ao máximo, votarmos qualquer tipo de matéria que possa ser considerada inconstitucional. Ora, se o meu querido Ver. Beto Moesch, que é um advogado de respeito, alguém que conhece muito bem as leis, está alegando que existe - e eu, na verdade, vou dizer que não conheço - uma Lei Federal que trata desta matéria, por isso mesmo nós não poderíamos estar aqui modificando da forma como está sendo proposta por Vossa Excelência. Eu acho que nós precisamos, de alguma forma, verificar com mais profundidade essas afirmações para que não venhamos a votar matérias inconstitucionais. Nós não podemos afirmar que o que pretende o Ver. Beto Moesch é uma bobagem, porque não é. Nós temos que concordar que, sempre que fizermos alguma coisa aqui para evitar que as pessoas possam ser contaminadas com os malefícios da nicotina, do fumo, nós temos que fazer. Agora, não concordo com o Ver. Beto quando, num aparte, disse que os malefícios do fumo são menores do que os malefícios da bebida. Eu, pelo menos, entendi assim. Eu acho que, com certeza, os malefícios do fumo, neste caso, por exemplo, nos bares e restaurantes, acabam afetando a figura do fumante e daquelas pessoas que estão naquela sala fechada, ali, fumando; enquanto que a bebida, o álcool, acabam, na verdade, afetando não apenas a pessoa que está bebendo, mas poderão, realmente, ocasionar danos muito maiores para as pessoas que não têm nada a ver, às vezes, com o álcool.

 

O Sr. Beto Moesch: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu quis dizer o seguinte, Ver. Braz: que, num ambiente fechado, se tu estás comendo uma carne gorda, e eu não quero comer, se sou vegetariano, se eu não ingerir, eu vou estar livre disso; a bebida também; é nesse sentido. Quem vai ser afetado ou não é quem está ingerindo, o que não acontece com o cigarro; por isso a expressão “fumante passivo”.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Beto Moesch, aproveito a presença de V. Exa aqui e quero me dirigir ao Presidente da Casa. Quem sabe, nós não votamos hoje esta matéria? Poderíamos adiar a votação desta matéria, para que, num determinado momento, possamos ouvir, aqui, pessoas que possam orientar este Plenário não apenas com relação à saúde, porque sobre isso todo o mundo já está convencido, mas, principalmente, ao direito que nós temos de legislar. Até, Ver. Beto, para a gente não fazer uma legislação que, daqui a pouquinho, caia na discussão forense e, de repente...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

               

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz continua discutindo o PLCL nº 007/09, a partir deste momento, por cedência de tempo do Ver. Mario Manfro.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Historicamente, eu assisti a todo esse debate que está acontecendo agora. Este Projeto, na forma do Regimento, está rejeitado. Ele foi rejeitado em todas as Comissões. Não houve empate na forma do Regimento, porque o art. 45 do Regimento diz que membro da Comissão Permanente que tiver interesse pessoal na matéria ficará impedido de votar, devendo assim o respectivo Parecer com a ressalva “impedido”. Portanto, o Projeto foi rejeitado, e nós estamos assistindo a horas de discussão de um assunto que não vai levar a nada.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE (Questão de Ordem): Com todo o respeito, Ver. Dib, houve empate na Comissão de Saúde, ele não foi rejeitado na Comissão de Saúde.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Não, os dois interessados no Projeto votaram e, portanto, conseguiram o empate. O art. 45 diz claramente: o Vereador que tiver interesse pessoal fica impedido de votar.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vossa Excelência pode prosseguir, Ver. Luiz Braz.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, eu não sei se a irritação do meu querido amigo Ver. João Dib é contra este Vereador que está aqui na tribuna, porque agora que eu estou aqui é que o Ver. João Dib se manifesta sobre ele.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Vereador, eu aguardei que V. Exa encerrasse os seus cinco minutos, aí eu poderia fazer uma Questão de Ordem, mas muitos Vereadores já usaram dez minutos, e o assunto não vai levar a nada. Nós sabemos do resultado, todas as Comissões rejeitaram o Projeto, nós estamos debatendo tensamente.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Na Comissão da qual faço parte, a Comissão de Justiça, o Projeto foi rejeitado.

 

O Sr. Haroldo de Souza: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigado pelo aparte. Eu gostaria de reafirmar o que disse o Ver. João Antonio Dib, eu também não usei a tribuna, porque, no espelho da Sessão, temos aqui os Pareceres: da CCJ, Ver. Valter Nagelstein, Relator, pela existência de óbice de natureza jurídica; na CEFOR, Ver. Airto Ferronato, Relator, pela rejeição do Projeto; na CUTHAB, Ver. João Pancinha, Relator, pela rejeição do Projeto; na CEDECONDH, Ver. Adeli Sell, Relator, pela rejeição do Projeto; na COSMAM, Ver. Mario Manfro, Relator, pela rejeição do Projeto, resultando empatado. Eu não sei por que nós o estamos discutindo.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Então, o questionamento tem que ser feito ao Presidente da Casa.

Ver. Nelcir Tessaro, Presidente da Casa, o questionamento que o Plenário faz e as duas Questões de Ordem que foram feitas, eu gostaria que fossem respondidos por V. Exa, para que este Vereador possa continuar.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Eu vou responder o questionamento, Vereador. Suspendendo o seu tempo para não prejudicá-lo. Eu quero dizer que houve empate na votação do Projeto na COSMAM, mas não houve interesse pessoal do autor. O autor não tem interesse pessoal, ele tem interesse como Parlamentar; portanto não se aplica o art. 45 do Regimento. E tem mais: o Projeto foi rejeitado em quatro Comissões, mas, com o empate em uma delas, o Projeto continua tramitando. Pode prosseguir, Vereador.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ver. Nelcir Tessaro, Presidente da Casa; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu, pessoalmente, Ver. Carlos Todeschini, gostaria imensamente de que nós pudéssemos extirpar completamente o cigarro da vida, da sociedade e, talvez, do mundo. Por que não? E acredito que isso caberia aos governos, eles deveriam impedir que as fábricas produzissem os cigarros, pois, dessa forma, estaríamos resolvendo o problema. Os governos não fazem isso porque ganham muito dinheiro com os impostos - e esses impostos são extremamente altos para que esse produto possa continuar sendo vendido. Então, as fábricas, meu querido amigo, Ver. Mario Manfro, podem continuar existindo, mas a minha dúvida ninguém conseguiu responder - e até por me considerar em dúvida, não vou votar favoravelmente ao Projeto do Ver. Beto Moesch - que é a seguinte: Ver. Beto Moesch, nós podemos legislar sobre esta matéria? Nós temos competência para legislar sobre esta matéria? A Comissão de Justiça da Casa disse que não. A Procuradoria da Casa também não foi favorável à tramitação. Nas outras Comissões da Casa, o máximo que se conseguiu, numa das Comissões, foi o empate.

 

O Sr. Beto Moesch: V. Exa permite um aparte?

 

O SR. LUIZ BRAZ: Com muito prazer, Ver. Beto. Sinceramente, minha dúvida está me levando a votar “não”.

 

O Sr. Beto Moesch: O debate técnico e jurídico é importante, e V. Exa, que também é advogado, sabe disso. Eu queria dizer o seguinte: nas ações diretas de inconstitucionalidade contra as leis antifumo de São Paulo e Rio de Janeiro, o pedido de liminar foi negado pelo STF. Portanto, se houvesse uma flagrante inconstitucionalidade, a liminar seria concedida, e não foi. E isso já faz mais de um ano.

 

O SR. LUIZ BRAZ: A Lei não está sendo aplicada?

 

O Sr. Beto Moesch: Sim. A Lei está sendo aplicada em todo o Brasil: em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Curitiba, Recife, João Pessoa. Em todo o Brasil, menos em Porto Alegre, em que há exceção no que se refere ao fato de o espaço ser arejado ou não - aliás, a SMIC está fazendo uma boa fiscalização, mas isso está funcionando de pleno. No momento em que não foi dada a liminar pelo STF, a Lei está valendo. Por quê? Porque a Lei Federal dá as normas gerais, e, pelo art. 23 e art. 32 da Constituição Federal, cabe aos Municípios esmiuçar, especificar e ser até mais restritivos do que a Lei Federal.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Ainda é um assunto polêmico, não é um assunto decidido.

 

O Sr. Beto Moesch: Perfeito. Não transitou em julgado ainda.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Os tribunais não decidiram, ainda é uma discussão. Mas é bom que V. Exa tenha trazido esta discussão para o nosso Plenário.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Nilo Santos está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; senhoras e senhores, é um assunto bastante polêmico e, confesso, Ver. DJ Cassiá, que tenho pavor de cigarro. Eu não suporto. Só que, ao mesmo tempo, eu respeito o livre-arbítrio. A pessoa é livre: se quiser fumar, ela fuma; se quiser beber, ela bebe. O que eu acho injusto neste Projeto, Ver. Alceu Brasinha, é penalizar o comerciante - isso é injusto; não tem como penalizar. E bem disse o Ver. Sebastião Melo: é gente que gera empregos e que será penalizada por algo sobre o qual não tem o controle. Não há como controlar! Quantas pessoas ignorantes nós conhecemos que, se lhes são negadas algumas coisas, depois vão lá e ainda se vingam? Existem! O ser humano age dessa forma, se comporta dessa maneira.

Na realidade, com os “fumódromos” que existem hoje, quem está restrito a um determinado espaço são os que fumam, e não os que não fumam. Existe lá o “fumódromo”, e são aquelas pessoas que estão sendo isoladas; os que não fumam, circulam. Como aqui na Casa, nós podemos circular por toda a Casa. Se não quisermos sentir o cheiro do cigarro, é só não ir lá no “fumódromo”. Nós circulamos com tranquilidade; já quem fuma tem dificuldade de circular.

A raiz de tudo isso está exatamente nessa fúria dos Governos no sentido de arrecadarem impostos, porque, com isso, foram dando espaço. Hoje nós convivemos com a Fórmula 1, com jogos esportivos, com jogos de futebol; convivemos com placas de cerveja, de whisky, de propaganda de cigarro; enquanto não corrigir isso aí... O povo sempre foi muito estimulado a fumar, Ver. Idenir Cecchim! Foi estimulado a fumar! Fume, que é bonito. Fume, que é legal. E hoje as pessoas estão descobrindo que fumar é brega, que fumar é careta, que prejudica a si e os outros também, mas não é isolando essas pessoas ou impedindo que elas desfrutem de um restaurante que elas não vão querer fumar. E quem não fuma faz um bom jantar em casa e não vai a um restaurante; vai à casa de famílias ou de amigos que não fumam.

Sou favorável, sim, ao fim do consumo de cigarro nos jogos de futebol. E peço à Brigada Militar, aproveitando essa oportunidade, que também termine com o consumo da maconha nos estádios de futebol! É muita maconha nos jogos de Grêmio e Inter, Ver. Alceu Brasinha. Não dá mais para levar crianças nos jogos de futebol! Senta-se na parte superior, e a maconha toma conta, vem de baixo para cima. Vai para a geral, é maconha! Vai para a social, é maconha!

Ver. Beto Moesch, apresente o Projeto, sim, impedindo o consumo de cigarro. E de maconha! Se não me engano, é proibido consumir maconha, não é aconselhável consumir maconha, ela também é prejudicial à saúde, Verª Sofia.

 

(Aparte antirregimental da Verª Sofia Cavedon.)

 

O SR. NILO SANTOS: Não está liberada - não é? -, mas as empresas de cigarro já estão fazendo força, descriminalizando o consumo de maconha. Claro, o maquinário todo pronto para empacotar o cigarrinho de maconha e vender em tudo que é boteco! O Governo precisa atuar com mais rigor sobre isso, Ver. Oliboni, diminuindo os comerciais de cigarro, diminuindo, nas novelas, o consumo de cigarro: novelas sendo gravadas com pessoas adultas fumando na presença de crianças! Proíbem o cigarro no restaurante, mas os pais, inconsequentes, irresponsáveis, continuarão fumando nas suas casas na frente de bebês, na frente de crianças, porque essa é uma questão de consciência. Consciência! Então, vai meu pedido, Ver. Haroldo de Souza: pare de fumar, que é brega, é careta, e nós não precisaremos continuar discutindo esse tipo de problema nesta Casa. Fumar...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, este tema, Ver. Nilo, tem uma profundidade, talvez, maior do que a gente imagina. Na verdade, temos que pensar até onde o Estado deve se imiscuir, ou deve determinar, ou deve controlar a atitude do cidadão. Este - eu arrisco dizer, Ver. Adeli - é o típico tema que poderia provocar um grande debate, com a participação popular, com a participação da cidadania, uma consulta, uma grande consulta popular no Brasil. Por quê? Porque ele é o típico tema que tem que evoluir com a mudança cultural. Não se faz mudança cultural por caneta, por decretos, com determinações de fora.

Como estão exemplificando, Nilo, com o futebol, quero dar dois exemplos - e olha que eu, raramente, vou a estádio: a Lei, Ver. Mario Manfro, que proíbe beber no estádio, implica o quê? Relato do Ministério Público, do Promotor Miguel Velásquez, que esteve aqui na Casa. As pessoas bebem um monte antes de entrar no estádio: bebem várias cervejas, “enchem bem a cara”; como não podem beber lá, bebem antes. E os doutores da Casa podem nos explicar melhor, talvez seja mais nefasto do que beber aos pouquinhos durante o jogo.

Outro exemplo que me trouxeram: uma Lei Municipal nossa, que obriga a tocar o Hino no estádio. O relato que eu tenho - eu não assisti - é que, na hora do Hino, é a maior farra; tem uma torcida que canta outra coisa no meio, é uma esculhambação. Há pessoas que acham que nós prestamos um desserviço, porque ali não se exercita o patriotismo. Ver. Haroldo de Souza, que está sempre em campo de futebol, o que acontece durante a execução do Hino no início das partidas? Os relatos que eu tenho são de que há uma esculhambação do Hino! Cantam outras coisas, a torcida começa a fazer farra. Na verdade, nós estamos desrespeitando, durante o jogo, um símbolo nacional.

 

O Sr. Haroldo de Souza: V. Exa permite um aparte? (Assentimento do orador.) Na verdade, Vereadora, na hora do Hino Nacional, realmente ninguém respeita nada, mas todo estádio canta e referencia o Hino Rio-Grandense.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: A sugestão, inclusive, do Dr. Miguel Velasquez é acabar com essa Lei - Ver. Alceu Brasinha, que entende de futebol -, porque ele acha que é um desrespeito ao Hino, e que não é assim que se produz conhecimento sobre ele. Ou tu fazes um ritual, dá significado aos símbolos, ou eles são banalizados.

Trago esses dois exemplos, como já foi trazido o dos postos de gasolina, para dizer qual a minha posição sobre o tema do Fumo Zero e o tema do papel do Estado.

Ver. Nedel - e aí eu quero referenciar o seu esforço e a sua Lei - nós tínhamos que proteger quem quer ir a um restaurante e não ter que se submeter a fumar junto com os outros. E acho que a Lei em vigor faz isso. Os espaços têm que ser separados, o espaço que todos compartilham não pode ter fumo - essa é a Lei em vigor em Porto Alegre. Depende de fiscalização, depende de trabalho de conscientização, e ela é um processo.

Concordo com o Ver. Sebastião Melo no que diz respeito ao fato de que é muito recente para revogarmos ou para avançarmos. Na verdade, temos que apostar numa cultura, numa mudança cultural. Eu não entendo que seja possível - sem experimentar, sem ter mudado, de fato, e implementado a Legislação atual - avançar para uma Legislação radical, porque aí nós teremos outras consequências diferentes que, talvez, piorem as condutas, como é o caso das bebidas em estádios. Piorou a conduta: as pessoas bebem muito mais antes e rapidamente, para estarem prontas no estádio. Então, a mudança que nós temos que fazer é de outra ordem; nesse caso, o Estado pode piorar as condições, tanto dos restaurantes quanto dos cidadãos.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09, por cedência de tempo da Verª Juliana Brizola.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Nelcir Tessaro; ilustres colegas Vereadores, o que estou tendo aqui, hoje, é um déjà vu. Por que isso? Porque o Ver. João Dib citou o art. 45, que fala (Lê.): “O membro da Comissão Permanente que tiver interesse pessoal na matéria ficará impedido de votar, devendo assinar o respectivo parecer com a ressalva ‘impedido’”. E, a partir daí, ele faz a ilação de que se aplicaria o art. 55 (Lê.): “A proposição que receber parecer contrário de todas as Comissões pelas quais tramitou, será tida como rejeitada e será arquivada. Parágrafo único. Recebendo parecer conjunto das Comissões, a proposição só poderá ser arquivada se todas as Comissões manifestaram-se contrariamente”.

Por que isso? Porque, quando esse Processo estava em discussão na Comissão de Saúde, só faltava o meu voto - infelizmente, só faltava o meu voto -, e eu acabei sopesando todas essas considerações que vocês estão trazendo aqui hoje. Cheguei à conclusão, depois de consultar diversas pessoas, de que o “interesse pessoal”, colocado pelo Ver. Dib, não quer dizer “autoria” do Projeto, e por isso, efetivamente, houve um empate na Comissão de Saúde, e ele foi guindado ao Plenário.

O interesse pessoal é quando o Município, por exemplo, desapropria um terreno, e o Vereador, que é munícipe, vai se beneficiar desse projeto, pecuniariamente, juridicamente, mas não tem a ver com a autoria do projeto.

Com relação à matéria, eu queria reiterar o que tenho dito em todas as reuniões da Frente Parlamentar Antidrogas. Sobre o consumo da droga ilícita, que o Ver. DJ Cassiá colocou aqui, quero dizer que, na verdade, todas são drogas, mas algumas são lícitas em determinados momentos e ilícitas em outros como, por exemplo, o álcool, mas todas são drogas. E o consumo da droga, da maconha, da cocaína e do crack inicia por drogas chamadas lícita: pelo tabagismo e pelo alcoolismo. Existe um estudo em Porto Alegre que informa que o início do consumo do tabaco e do álcool ocorre quando o jovem tem cerca de 12,4 anos.

Em meu gabinete, ouvimos todas as partes. Claro que há o impacto econômico, tanto de quem produz o tabaco quanto daqueles que têm bares e restaurantes e que acham que podem ser afetados - existem diversas situações nesse sentido.

Temos aqui que utilizar as nossas experiências individuais e coletivas, e eu não poderia votar de outra forma que não fosse a de votar junto com o Projeto. Não falo da morte súbita nem das questões vinculadas ao problema cardiológico. As pessoas dizem, muitas vezes: “Não morreu de câncer”. Mas, é claro, não deu tempo de morrer de câncer em função do uso do cigarro; ele morreu antes, por problema cardiológico. As cem substâncias mais cancerígenas estão na fumaça do cigarro, e isso foi agregado à nicotina para fazer o indivíduo se tornar dependente.

Sem dúvida nenhuma, uma das falas que mais me marcou aqui, hoje, foi a do Ver. Airto Ferronato, que dizia da sua experiência como professor, pois, na sua época, fumava-se. E aí peço a atenção do Ver. Sebastião Melo, do Ver. Beto Moesch, no sentido de me lembrar do meu pai, que fumava, e que hoje não pode dar aula em função dos efeitos vinculados ao cigarro.

Então, por tudo isso, vamos votar junto com o Ver. Beto Moesch e com o Ver. Dr. Raul, que protagonizaram o Projeto. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLCL nº 007/09.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; meus senhores e minhas senhoras, se eu já não tivesse declarado que, em 2012, não concorreria novamente a Vereador, eu faria isso hoje. Realmente é assustador o que ocorre aqui, neste momento, nesta votação. Tivemos o Parecer brilhante de um Procurador que tem o meu respeito, Claudio Roberto Velasquez, que diz: (Lê.): “O disposto na normatização federal resta afetado pelo conteúdo normativo do artigo 2º da proposição, do que decorre, salvo melhor juízo, violação dos preceitos constitucionais relativos à competência dos diversos Entes da Federação.”

Eu levantei uma Questão de Ordem, sim, baseado no art. 45 do Regimento Interno. (Lê.): “O membro da Comissão Permanente que tiver interesse pessoal na matéria ficará impedido de votar, devendo assinar o respectivo parecer com a ressalva ‘impedido’.” No caso de uma votação, quando o Presidente tem interesse pessoal, que é a apresentação do projeto, o Presidente se retira da presidência, chama o Vice-Presidente, para que o projeto possa ser votado. O Presidente não preside a votação de um projeto de sua autoria.

Vamos adiante no Regimento Interno. O art. 54 diz o seguinte (Lê.): “Votado o parecer, o Presidente da Comissão encaminhará a proposição ao 1º Secretário ou a outra Comissão que deva apreciá-la, se houver. § 1º. Em caso de empate na votação, o parecer [que é pela rejeição] será juntado ao processo, que prosseguirá a tramitação regimental.”

Agora, alguém me dizer que não há interesse pessoal do autor de um projeto para que ele seja aprovado, eu realmente estou perdendo tempo aqui, estou perdendo muito tempo aqui. O Parecer do Ver. Mario Manfro foi pela rejeição, o Ver. Aldacir Oliboni votou pela rejeição, o Ver. Carlos Todeschini votou pela rejeição, o Ver. Thiago Duarte votou contra, e votaram contra os dois autores do Projeto, mas o Parecer persiste. Ninguém diz que o Parecer não existe mais, porque o Regimento Interno diz, no art. 54, que (Lê.) [§ 1º] “Em caso de empate na votação, o parecer será juntado ao processo, que prosseguirá a tramitação regimental”.

Ora, quando eu cheguei à Câmara, esse processo teria sido arquivado na Comissão de Justiça, porque só diria “pela tramitação ou pelo arquivamento”. Agora, havia óbice da Comissão de Justiça, todos os Pareceres foram contrários, e nós aqui estamos discutindo! Alguns Vereadores discutiram dez minutos. É muita paciência para a gente tolerar! Já existe Lei feita nesta Câmara, e nada diz em contrário que eu não possa, com essa lei existente, resolver, pelo menos em parte, o problema que está ocorrendo na Cidade.

Agora, a minha insatisfação: pela Questão de Ordem que formulei, tenho absoluta convicção de que o Projeto foi rejeitado, in limine. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Está encerrada a discussão.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, sou suspeito em colocar isso, mas muitos Vereadores entendem que seria interessante o adiamento da votação. Não estou aqui solicitando isso, mas, se houver Vereadores que entendam que deveria haver uma discussão não só no plenário, mas com especialistas, em virtude da técnica que envolve o assunto em si... Mas estou deixando os Vereadores à vontade nesse sentido.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não houve nenhum Requerimento dos Srs. Vereadores.

Em votação o PLCL nº 007/09. (Pausa.)

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 007/09.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Obrigado à Bancada e ao Ver. Dr. Raul, que é o nosso Líder, por me permitir o encaminhamento. Ver. João Antonio Dib, estando correto o seu entendimento, todos os projetos que votamos aqui têm interesse pessoal. Quero contestar o seu entendimento em relação ao Vereador que tem a autoria de um projeto. O interesse é coletivo, Ver. João Antonio Dib. Eu poderia lhe citar um exemplo de interesse individual: no caso daqueles que são funcionários do Município, quando votamos aumento de salário, aí, sim, poderia haver interesse pessoal, mas, quando nós protocolamos um projeto, o projeto é de interesse coletivo, e não individual. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 007/09.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustres Vereadores, ilustre público que nos assiste pela TVCâmara e pela Rádio Web, é fundamental que possamos fazer essa reflexão no dia de hoje e que possamos perpetuar essa discussão, porque essa é uma discussão importante para Cidade, é uma discussão que engloba o início do problema da drogadição também. As drogas, como eu vinha dizendo - tive um curto espaço de tempo para me pronunciar -, são divididas em dois grandes grupos, o das drogas lícitas e o das drogas ilícitas, mas são lícitas ou ilícitas dependendo do momento em que são utilizadas. O álcool, por exemplo, quando se dirige um veículo, é uma droga ilícita no seu uso, porque traz prejuízo não só para quem está utilizando o álcool como também para o resto da população.

A questão do tabagismo é muito peculiar, principalmente quando há locais públicos de uso, locais restritos, em que as outras pessoas, as que não fumam, não terão a liberdade de poder “deixar de fumar”. A isso se agrega àquele binômio que eu já havia dito aqui. Então, se utilizou uma das substâncias que têm mais produtos cancerígenos - em torno de cem -, que é fumaça do cigarro, com a nicotina, que só perde para a heroína em termos de dependência. Sem dúvida nenhuma, é uma droga não só porque prejudica o indivíduo, mas porque é um estimulante do sistema nervoso central, sim! Por tudo isso, a gente entende que, do outro lado, há todo um setor econômico que tem que sobreviver disso, e falo principalmente das indústrias vinculadas ao tabaco, porque é necessário que se achem alternativas para esse tipo de atividade econômica. Com relação ao setor de bares e restaurantes, eu tenho certeza de que, como aconteceu em outros locais, não vai haver prejuízo! Não vai haver prejuízo!

Para finalizar, quero me dirigir àqueles que hoje fumam e querem deixar de fumar. Essas pessoas, que acabam indo aos nossos postos e que, muitas vezes, a gente não tem condições de auxiliar, com a aprovação dessa Lei, elas podem começar a ser ajudadas, e também nos bares e restaurantes, porque nós vamos criar um novo hábito! Assim como disse o Dr. Raul com relação ao cinto de segurança, nós estamos, a partir de agora, criando um novo hábito para a boa convivência em sociedade, pois o direito de um não pode interferir no direito de outro, e é nesse sentido que, efetivamente, a gente se pronuncia pela aprovação do Projeto. Sabemos que isso não é uníssono da nossa Bancada, mas, sem dúvida nenhuma, é importante que nós, a partir de agora, possamos fazer essa reflexão. Até por sugestão do Ver. Mauro Zacher, Líder da nossa Bancada, se não for aprovado neste ano, que possamos, no ano que vem, Ver. Bernardino, também continuar esse processo de discussão, porque, efetivamente, é para isso que esta Casa existe. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 007/09.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, vou ser insistente: eu havia formulado uma Questão de Ordem e volto a dizer que, se tenho um Projeto de Lei, tenho interesse pessoal nele. Não significa que, no plenário, eu não vote “sim” ou “não”. Acontece que, quando estão discutindo o Parecer em razão de uma matéria que é minha, eu, no mínimo, por ética, ou por ótica, não devo votar.

Aqui diz que deve se declarar impedido. Deve se declarar impedido. Portanto, houve Parecer. E, em caso de empate da votação, o Parecer será juntado ao Processo. Vou admitir. Então, houve um Parecer, e o Parecer foi pela rejeição. Não há nenhum Parecer favorável que possa ser apontado para dar continuidade à tramitação. E nós passamos algum tempo discutindo e até encaminhando esta matéria de forma desnecessária.

Ou todas as Comissões rejeitaram e vão agora confirmar a rejeição ou, então, eu não entendo mais nada do que acontece na Casa do Povo de Porto Alegre.

Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº 007/09.

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, como o meu colega, que eu respeito muito, Ver. Dib, insistiu na tese, eu resolvi vir aqui apenas para que as coisas fiquem bem entendidas.

O que diz o nosso Regimento é que não deve vir ao plenário aquela matéria que tiver todos os pareceres contrários das Comissões. Não é o caso desta matéria.

Esta matéria tem um Parecer, da CCJ, que não é contrário. E o meu querido amigo Dib, argumentando, diz que quem empatou foi alguém que tinha interesse na matéria. É claro, todos os autores têm interesse, e todos os autores votam nas Comissões. Então, o Projeto está bem aqui no plenário; ele tinha que vir para cá.

A minha tese é com relação - e o Ver. Beto sabe disso - à possibilidade de nós votarmos aqui este tipo de matéria que já está regulada, de alguma forma, por Lei Federal. É diferente. Não é que a matéria não possa estar aqui; eu acho até, Ver. Todeschini, que a discussão que nós fizemos foi muito boa, e nós temos que voltar a fazer outras discussões sobre este tema, porque, afinal de contas, é um tema que diz respeito ao conjunto da sociedade.

Se alguém aqui fosse impedido de votar por se dizer suspeito, ninguém aqui poderia votar; uns, porque são contra o cigarro; outros, porque fumam. Então, nenhum poderia votar. Nesta matéria, todos nós temos que votar. Eu digo que vou votar com a minha Bancada, juntamente com o meu companheiro Ver. Mario Manfro; nós vamos votar, até pelos motivos que foram elencados aqui, contra o Projeto do Ver. Beto não por acreditarmos que o Ver. Beto não tenha razão naquilo que ele está querendo fazer com relação à sua legislação, mas exatamente por causa da dúvida que sobra: se nós realmente podemos, aqui, fazer esse tipo de legislação ou não.

Acho que o Ver. Beto fez bem em propor essa legislação para este Plenário, para que nós pudéssemos discutir essa legislação, mas eu não tenho realmente certeza de que nós, aqui, na Câmara Municipal de Porto Alegre, podemos fazer esse tipo de votação, e a Lei ser colocada em prática nos bares e restaurantes do nosso Município. Por isso eu não vou votar favorável à matéria do Ver. Beto. Vou votar contrário não porque a matéria não gere interesse das pessoas em discuti-la ou porque não está perfeitamente correta em estar no plenário para ser votada. Não! Ela está certíssima em vir para o plenário para ser votada, a Mesa está absolutamente correta em colocar a matéria para ser votada, e nós, aqui, vamos votar de acordo com as nossas consciências. E, a essas alturas dos acontecimentos, eu voto contra, apenas por uma questão de dúvida com relação de a lei poder existir ou não, feita por este Plenário da Câmara Municipal de Porto Alegre.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação nominal o PLCL nº 007/09. (Pausa.) (Após a chamada nominal.) REJEITADO por 06 votos SIM, 21 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.

Apregoo Justificativa de Ausência dos Vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna, por estarem à disposição da Justiça no dia de hoje.

Apregoo e coloco em votação o Requerimento que solicita adiamento, por uma Sessão, da discussão do PLCE nº 006/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 3550/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 036/10, que cria e extingue cargos de provimento efetivo na Administração Centralizada do Município de Porto Alegre. (Diversos/Secretaria Municipal de Saúde)

 

Parecer Conjunto:

- da CCJ, CEFOR e CUTHAB. Relator-Geral Ver. Reginaldo Pujol: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia em 10-11-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLE nº 036/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro – às 17h): Encerrada a Ordem do Dia.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3476/10 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 029/10, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que concede a Comenda Porto do Sol ao Hospital Militar de Área de Porto Alegre.

 

PROC. Nº 3825/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 174/10, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Gleci Lopes de Oliveira o logradouro público não cadastrado conhecido como Rua 3025.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2256/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 096/10, de autoria da Verª Maria Celeste, que institui, no Município de Porto Alegre, o Programa de Funcionamento de Creches no Horário Noturno. Com Emenda nº 01.

 

PROC. Nº 3477/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 168/10, de autoria do Ver. José Ismael Heinen, que concede o título de Cidadão de Porto Alegre ao senhor Leonel Púglia Garcia.

 

PROC. Nº 3768/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 173/10, de autoria do Ver. Haroldo de Souza, que inclui a efeméride Dia de Conscientização sobre a Cardiopatia Congênita no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, no dia 12 de junho.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadores e Vereadoras; público que nos acompanha nesta Sessão de hoje, eu queria usar a tribuna, em nome das Bancadas de oposição - PT, PSOL, PSB -, para levantar um assunto de extrema importância da nossa Cidade, que é o projeto de ampliação do HPS. Todos nós sabemos o quanto é importante melhorar o atendimento médico na nossa Cidade, Ver. Dr. Raul. Ontem, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente, com 100% de quórum dos seus Vereadores, numa reunião já agendada, programada, conheceu parte dessa vontade política que vem de governos e governos para poder então fazer com que Porto Alegre tenha o HPS mais qualificado e com um atendimento mais humanizado. Sabemos também que a localização do HPS não deixa de ser um problema também para a Cidade por estar num local de grande movimento, com um grande número de carros e um fluxo, e assim por diante. Nós sabemos que, também em função da Copa de 2014, muitos são os recursos que o Governo Federal está aportando para aqueles Municípios que forem sede dos jogos da Copa. Poderiam até dizer que esses financiamentos, Ver. João Antonio Dib, poderiam ter vindo antes, Ver. Pujol, mas não podemos perder a oportunidade de, com certeza, investir esses mais de 50 milhões, em torno de 53 milhões, que virão para a área da Saúde em Porto Alegre. Sabemos que há alguns movimentos para a descentralização dos serviços nas diversas áreas da Cidade, mas sabemos também que a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, com certeza, não só vai melhorar o HPS, mas vai fazer com que dois outros grandes programas possam ter êxito: o Programa de Saúde da Família, o atendimento à saúde básica; e a rede de atendimento, que hoje está com enormes problemas, que vêm das Unidades de Saúde e a implementação das UPAs em Porto Alegre.

A reunião de ontem, no HPS, foi para ao menos percebermos a vontade política da direção do HPS, a vontade política do Governo, como também vimos o diálogo que houve com a comunidade do entorno, em função de algumas residências que ali estão e que serão utilizadas para esse projeto de ampliação estratégico para o HPS em Porto Alegre.

Ora, todos nós sabemos que os serviços do HPS estão, na verdade, muito concentrados no andar térreo daquele Hospital, que tem enorme dificuldades seja na lavanderia, seja no Raio X ou no ambulatório, que está no segundo andar, e tantos outros equipamentos que, ao ver de qualquer leigo, têm de ficar no andar térreo, como, por exemplo, a questão das emergências e dos ambulatórios.

Hoje, quando chegamos ao HPS, verificamos os corredores lotados de pessoas, de macas, de camas; há uma enorme confusão naquele local. É preciso, sim, percebermos que os recursos destinados para o HPS exigem um projeto de ampliação, mas de uma coordenação melhor, de gestão, para que se facilite o fluxo do atendimento médico, seja ele da emergência, do ambulatório, do acidentado, da ortopedia, da traumatologia, porque nós percebemos que há, sim, uma grande confusão, até porque grande parte da população procura o HPS por ser mais resolutivo.

Então, com certeza, nós, da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, vamos continuar lutando para que sejam ali, sim, ampliados esses serviços, para que Porto Alegre tenha um HPS mais humano, com melhores condições de trabalho para seus trabalhadores, e que o Governo, numa ideia de ampliação, já perceba que é necessário, sim, fazer concurso público, ampliando o número de trabalhadores da Saúde para que haja uma melhor qualidade no atendimento. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; meus colegas Vereadores e minhas colegas Vereadoras, eu utilizo o nosso espaço de Liderança cedido pelo nosso Líder, porque, ontem, o Congresso Nacional, Presidente, enfrentou uma matéria, que é a reforma do novo Código de Processo Penal. Eu quero dizer que eu não poderia, Ver. Dib e demais Vereadores, deixar de vir a esta tribuna. Democracia, por pior que seja, Ver. Adeli, é melhor do que qualquer outra coisa, mas nós pertencemos a uma Casa Legislativa onde, às vezes, nos debruçamos meses sobre uma matéria, fazemos audiências públicas, ouvimos a sociedade antes de enfrentar a matéria em plenário.

Pois eu quero citar, Presidente, apenas três questões que eu considero de extrema gravidade para a Nação brasileira. Primeira: se, em segundo turno, o Senado acolher, e a reforma processual penal for para a Câmara, nós teremos que ter um segundo juiz em todo processo brasileiro. E eu quero dizer que há centenas de comarcas que não têm sequer um juiz, Verª Sofia Cavedon!

Segunda: diz, também, a reforma que foi votada em primeiro turno, que, toda vez, Vereadores - que aqui não são advogados, mas são homens de bom senso -, que o Ministério Público oferece uma denúncia contra um réu, é permitido a ele agravar dessa decisão. Hoje eu só posso trancar a ação penal através do habeas corpus. Isso é um absurdo! Isso vai fazer com que ninguém seja julgado neste País, Dr. Domingues - o senhor que é Conselheiro da OAB e que me assiste. Isso, desculpem-me, é fazer com que a impunidade, neste País, aumente mais.

Terceira: ao ler, resumidamente, a matéria, eu fiz algumas anotações. Veja o seguinte, Presidente e meu querido Ver. Haroldo, a Polícia passa noites, dias, semanas, prendendo, fazendo busca e apreensão para montar um inquérito, para remeter ao Tribunal do Júri, para que aquela prova sirva de embasamento para o julgamento no Tribunal do Júri. Pois eu quero dizer que, se essa reforma for aprovada no Congresso, Sr. Presidente, nenhum dos depoimentos dados à Polícia servirá de embasamento para juízo de prova no Tribunal do Júri. Isso, eu quero dizer, agrava enormemente a impunidade neste País.

Então, cá para nós, eu venho dizer o seguinte: eu tenho muita clareza de que este País não pode ter pena de morte; sempre tive uma posição muito firme em relação a isso, até porque, se isso acontecesse, quem iria para a forca seriam os desdentados, os pobres, os miseráveis. Este País precisa ter um processo de julgamento célere, justo, mas que puna o culpado, e não incentive a impunidade.

Eu espero, Presidente, que esta Casa - que é composta de pessoas de todos os matizes, que também tem muitos advogados -, que o Ministério Público, que a Associação dos Delegados, que a sociedade civil organizada possam marchar em direção a Brasília antes do segundo turno dessa votação no Senado da República, porque, depois, isso irá para a Câmara dos Deputados.

Não é possível que, em um País onde, infelizmente, só ladrão de galinha vai para a cadeia, queiram produzir uma legislação penal, mais uma vez, e quem está no Poder não reforma o Poder, e quem produz a lei é quem dela pode se beneficiar -, mas não é possível que produzam uma reforma penal... Eu não sei de onde saiu, não sei de quais mentes iluminadas... Mas eu, que sou do povo, que sou alguém que milita na área advocatícia, como V. Exa, alguém que militou na área criminal por muito tempo, no Tribunal do Júri de Porto Alegre – e, daqui a alguns dias, voltarei para lá -, quero dizer que eu não posso me conformar com o fato de, numa sessão morna, em final de uma Legislatura, quando lá estão 10 ou 12 Senadores, naquela coisa morna do Plenário, submetam à votação uma matéria dessa envergadura, dessa forma. Isso tem um nome: irresponsabilidade, mais uma vez, da Casa Alta da República, que é o Senado da República.

Então fica o meu registro de indignação, mas também com a certeza da capacidade da mobilização da sociedade civil, para que não prospere essa absurda revisão processual que se processa no Congresso Nacional. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Eu gostaria de convidar todos os Srs. Vereadores e as Sras Vereadoras para amanhã, às 14 horas, prestigiarem a inauguração da nossa Rádio Web.

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadores, Vereadoras; senhoras e senhores, quero aqui fazer um relato e um avanço em uma política necessária para Porto Alegre, que é o tema do sistema de lotações para a Restinga e o Extremo-Sul da Capital. Este é um tema que vários colegas desta Casa vêm debatendo ao longo dos últimos anos. Eu particularmente, tenho me empenhado diretamente neste debate e neste tema.

Em 2007, ainda na gestão passada, realizamos algumas audiências públicas sobre o tema. Em 2008, lá na Hípica, em nome da CUTHAB, realizamos uma Audiência Pública; em 2009 realizamos, novamente, uma Audiência Pública lá na Hípica, e, por incrível que pareça, todos esses temas foram debatidos na gestão do ex-Prefeito Fogaça, e o Poder Público se fez ausente. A EPTC, com o ex-Secretário Senna e a sua equipe, não se fez presente; todos se negaram sempre a tratar do assunto de uma forma objetiva. Ontem repetimos essa audiência aqui na Casa, na CUTHAB, e quero dizer que tive o prazer de poder coordenar os trabalhos, substituindo o nosso Presidente, o Ver. Elias Vidal, que aqui está, junto com os demais membros da CUTHAB, Ver. Paulo Marques, Ver. Nilo Santos, Ver. Alceu Brasinha, Ver. Sebastião Melo, Ver. Dr. Thiago Duarte, Ver. Reginaldo Pujol, Verª Maria Celeste. Fizemos um belo debate. E o Secretário Cappellari, da EPTC, que lá esteve ontem por determinação do Prefeito Fortunati, veio com uma decisão: já se iniciaram os estudos para implementar o sistema de lotação e/ou seletivo para a Região.

E aí há outro debate, que é a questão do custo, porque a nossa demanda inicial é pelo sistema de lotação que aí está. Inclusive deixamos esse debate, Sr. Presidente e colegas Vereadores, agendado para a segunda quinzena de janeiro, Ver. Sebastião Melo e Ver. Nelcir Tessaro. E aqui já quero fazer uma ressalva: é no período de recesso, mas nós temos que permitir que as Comissões não parem, principalmente frente a temas como esse, para que possamos trabalhar, no mês de recesso, para dar demanda a esses temas da comunidade, Ver. Paulo Marques.

Fizemos outro pacto lá, ontem - há vários colegas aqui, entre eles o Ver. Paulo Marques, que já apresentaram possíveis soluções na legalidade -, que a EPTC apresente para esta Casa, em 15 dias, quais são os estrangulamentos legais que possam existir, para que nós, coletivamente, possamos, Sr. Presidente, fazer uma lei para resolver todos os estrangulamentos, para que a EPTC não tenha nenhum impedimento legal para instalar, no início de 2011, o serviço de lotações. Quando falo aqui “lotações”, é o sistema diferenciado para a Região Sul, porque pode ser o sistema de lotações tradicionais e/ou o sistema de seletivos, para o qual já há uma Lei, de 2003, que autoriza essa execução.

Portanto, quero trazer esse relato em nome da minha Bancada do Partido dos Trabalhadores e em nome de todos os colegas Vereadores que lá estiveram, se assim me permitem, e quero dizer que, quanto aos temas da Cidade, que são estrangulados, se houver vontade política e disposição desta Casa, que é a pluralidade da representação da cidadania, nós resolvemos. E esse do lotação ou sistema de transporte para a Região Sul, tenho certeza, Sr. Presidente, de que nós teremos de enfrentar e resolver, porque o avanço da disposição política se iniciou ontem com...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apregoamos a Emenda nº 06, ao PLCE nº 006/10, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, que altera a redação do § 7º do art. 52 da Lei Complementar n° 434, de 1º de dezembro de 1999, alterada pela Lei Complementar n° 646, de 22 de julho de 2010: “Altera a redação do art. 2º , que passa a constar como art. 3º e renumerando os demais, como segue: art. 2º - a permissão para a aquisição de Índice Adensável estabelecida pelo § 7º do art. 52 será condicionada à aprovação do estudo prévio, a ser realizado pelos órgãos municipais competentes quanto ao impacto nas condições de infra-estrutura na região do entorno do local do acréscimo pretendido. Sala das Sessões, 10 de novembro de 2010. Ver. Engenheiro Comassetto, Líder da Bancada do PT”.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, solicitando dispensa do envio da Emenda nº 06 ao PLCE nº 006/10 às Comissões. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Ilustres colegas Vereadores, volto a esta tribuna para abordar dois temas, se o tempo me permitir, que já foram colocados por outros Vereadores. Inicio com a questão do HPS. Ontem tivemos uma excelente reunião no próprio Hospital, na qual eu colocava a necessidade de termos uma posição de prudência. Prudência por quê? Porque alguns grupos serão desalojados, algumas casas serão desapropriadas, mas, de outro lado, existe o interesse público, principalmente no que se refere à ampliação do Hospital, à modernização dele e à ampliação do número de leitos. É importante que o Hospital e a Secretaria, assim como fizeram ontem, construam, com aquelas pessoas que, de alguma forma, vão ser prejudicadas, soluções, e que se deem a elas prazos, o que foi muito bem colocado ontem pelo Secretário de Gestão e pelo Secretário Adjunto da Saúde, que estavam lá.

Eu parabenizei o Hospital naquele momento - e estava lá toda a Comissão de Saúde: os Vereadores Mario Manfro, Dr. Raul, Aldacir Oliboni, Todeschini, Beto Moesch, também o Ver. Bernardino Vendruscolo - pela transparência e clareza na apresentação do projeto. É um projeto que faz com que o Hospital, que hoje tem a capacidade de internação de 135 leitos, passe a ter 178 leitos; a UTI passaria de 28 para 51 leitos, e as internações/mês, de 630 para 830. Seriam redimensionados alguns setores do Hospital, como o arquivo, o ambulatório, a biometria, a lavanderia, o serviço de manutenção, fazendo com que os pacientes pudessem ser mais bem atendidos.

O que colocou aqui o Ver. Oliboni é que, hoje em dia, se tem uma situação consagrada mundialmente, que é a questão de classificação de risco. Ou seja, no andar térreo do Hospital, o paciente é recebido e, pela gravidade, se possibilita a ele um melhor atendimento. Os pacientes de urgência, aqueles que têm que ser atendidos imediatamente, porque estão em risco de vida, têm que ficar em local onde a ambulância possa ter fácil acesso - e foi colocado que essa área será ampliada. Os outros, que não têm uma premência imediata, mas são pacientes de gravidade - chamamos de pacientes emergentes; urgência é uma coisa e emergência, outra -, seriam atendidos numa ala um pouco mais lateralizada do Hospital. E os pacientes de ambulatório, que, infelizmente, acabam indo até o HPS ter o seu atendimento, porque a Rede Básica não tem dado a atenção necessária, esses seriam atendidos e não entrariam no fluxo do Hospital, como ocorre hoje.

Quero dizer que fiquei bastante impressionado, porque são 900 pacientes por dia atendidos pelo HPS. Desses, 88% são de Porto Alegre e 9,5% da Grande Porto Alegre, e metade dos da Grande Porto Alegre são de Viamão. Dentro de Porto Alegre, 75,9% dos atendidos são da região central; 15,4%, da Zona Sul e 8,4%, da Zona Norte, o que mostra, efetivamente, a necessidade de termos uma unidade de pronto atendimento na Zona Sul, e, volto a colocar aqui, que essa unidade seja no Hospital Parque Belém, que já tem vocação para isso. E não sou apenas eu que advogo a favor disso, vários Vereadores também o fazem: o Ver. Engenheiro Comassetto, o Ver. Dr. Raul, diversos Vereadores, para que possamos - diante dos 1.500 servidores, das 22 especialidades, dos 135 leitos e das 28 UTIs - capacitar o Hospital para sua real ação, que é a ação na emergência.

Finalizando, quero aproveitar e convocar a população da Restinga e Extremo-Sul para estar com o Secretário da EPTC, no dia 16 de novembro, lá no Lami, pois certamente teremos boas novidades. Um abraço a todos.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, em 1956, foi criada a Secretaria Municipal de Transportes, no Governo Leonel Brizola. Eu ia me formar em Engenharia naquele ano e fui chamado para ser Diretor de Planejamento e Fiscalização da Secretaria Municipal de Transporte, que depois teve o seu organograma alterado, e eu passei a ser o Assistente Técnico da Secretaria. Foi aí que eu descobri minha vocação para servidor público municipal. E sempre digo que eu sou servidor público municipal por vocação, formação e convicção. Eu fui Secretário Municipal de Transporte duas vezes e tenho acompanhado o problema do lotação para a Restinga e para Belém Novo. Na realidade, o tipo de lotação que nós temos hoje não teria viabilidade, porque teria uma tarifa muito elevada para que pudesse cobrir o percurso, que é distante. Por outro lado, nada impede que haja mais lotações na Cidade, porque o número 403 foi uma imposição minha, na segunda vez em que fui Secretário Municipal de Transporte, e que estavam autorizadas, por Decreto, 740 kombis de seis portas. Nunca houve uma Lei determinando o sistema de lotações em Porto Alegre; foi uma interpretação que o então Secretário fez de um Projeto do Ver. Sadi Schwerdt, que permitia que os automóveis de quatro portas - naquele tempo, a maior parte dos táxis eram de duas portas, eram fuscas - pudessem fazer lotação em determinados horários. Hoje, depois da experiência que acumulei ao longo dos anos, das duas vezes em que fui Secretário e de longos anos como Assistente Técnico, eu acho que a solução está no ônibus seletivo, e acho que isso deve ser feito pelas empresas que fazem o transporte da Zona Sul, porque a concorrência - que muita gente prega que deve existir -, no caso do transporte coletivo, é danosa. O transporte é algo que tem de ser medido com perfeição, não pode haver correrias, disputas, porque nós já tivemos casos de ônibus seletivos no bairro Glória, por exemplo, só que havia duas empresas que faziam o transporte - a Intendente Azevedo e a Glória Gruta -, as duas tinham ônibus seletivos, e a coisa não funcionou, porque a correria era intensa, a disputa de passageiros era grande demais. Portanto, as empresas que estão lá devem, sim, colocar ônibus seletivo, para que possam transportar as pessoas em melhores condições, com uma tarifa mais adequada ao seu poder aquisitivo, e também pela comodidade que, evidentemente, terão com o ônibus seletivo.

Portanto, confraternizo-me com os Vereadores Comassetto e Paulo Marques pela preocupação que demonstram. Acho que isso precisa ser feito, no entender de quem viveu intensamente o transporte desta Cidade e de que terminou o transporte feito pela Prefeitura, que era danoso à Cidade. Acho que deve acontecer, sim, mas por meio das próprias empresas - STS, não sei como se chama, não sei nem quem é; mas quem está lá deve colocar ônibus seletivo para que haja um transporte eficiente para os bairros Belém Novo e Restinga, como bem encaminhou o Ver. Comassetto. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Sr. Presidente, Ver. Tessaro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, venho a esta tribuna para me referir a dois Projetos que estão agora em 2ª Sessão de Pauta, que serão importantes conquistas para a cidade de Porto Alegre: um se refere a um assunto muito relevante na área da Saúde, que é a questão da cardiopatia congênita, proposição do Ver. Haroldo de Souza, que cria o Dia de Conscientização sobre a Cardiopatia Congênita.

Nós, que acompanhamos, há muitos anos, essas questões junto aos postos de saúde, tanto nas gestantes como nos recém-nascidos, vemos que este é um assunto que deve ser realmente valorizado pela Cidade. E temos vários serviços na Cidade que já bem trabalham essa matéria. Eu mesmo tive a oportunidade, há vários anos, de acompanhar as ações promovidas pelo Instituto de Cardiologia, com o Dr. Paulo Zielinsky e toda a sua equipe, indo aos postos de saúde do Município com equipamento de ecografia cardiofetal para identificar nas gestantes acima das 20 semanas, ainda dentro do útero, o problema da cardiopatia congênita, fato que permite que se atue no momento mais precoce possível e que possam ser feitas as cirurgias e as correções necessárias. A gente sabe que aquele pequeno ser humano precisa da nossa atenção em seguida, inclusive para haver uma definição em relação à gestação, à interrupção da gestação, ao momento de se realizar a cirurgia necessária.

Outro Projeto, que está em 2ª Sessão de Pauta, que me deixa com vontade de falar a respeito, porque acredito que seja importante para a Cidade, é o Projeto de autoria da Verª Maria Celeste, que institui, no Município de Porto Alegre, o Programa de Funcionamento de Creches no Horário Noturno. É muito importante que o Município se preocupe com aquelas pessoas que trabalham no horário noturno, por exemplo. Isso também ocorre muito nos nossos postos, nas nossas Unidades de Saúde, nos nossos PSFs. A grande maioria deles, muitas vezes, fecha às 17h, às 18h, e as pessoas que estão trabalhando não têm acesso ao serviço; terão, com certeza, para conseguir uma consulta, que se ausentar, que fazer uma manobra na sua vida, isso sem falar das situações de emergência. Então, a gente defende isso.

Eu sei que o Ver. Dr. Thiago também apresentou um Projeto importante nesse sentido, sobre a questão do horário noturno nos postos de saúde da Cidade. Isso é de extrema relevância, porque, na realidade, não acho que esse horário tenha que se alongar demais, mas deve-se dar oportunidade para que o trabalhador possa chegar em casa e se dirigir até uma Unidade de Saúde; para aquela mãe levar a criança, enfim, e para fazer com que todas essas pessoas tenham a possibilidade de, efetivamente, ser atendidas.

Com as crianças, não é diferente; elas devem ter atendimento enquanto a mãe estiver trabalhando, e, muitas vezes, a mãe trabalha no horário noturno. São várias e várias situações, sem falar nas que envolvem a classe médica, os plantões de 24 horas, a rede hoteleira, enfim, temos várias situações em que é necessário que as crianças sejam acompanhadas também no horário noturno. Então, acredito que é um bom assunto para ser discutido aqui na Casa, para que possamos nos posicionar e fazer com que a Cidade também avance nessa matéria.

Um último posicionamento que gostaria de deixar é em relação à minha contrariedade ao que está se falando sobre o retorno da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira - CPMF -, como solução para as questões da Saúde. Certamente, não é este o caminho. Nós precisamos encontrar, dentro do Orçamento oficial, através da Emenda nº 29, um entendimento para que haja, realmente, uma valorização e um investimento maior na Saúde do nosso País de uma maneira definitiva, e não de uma maneira paliativa. Saúde para todos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Convidamos todos os Srs. Vereadores e as Sras Vereadoras para, no próximo dia 16, participarem da Sessão itinerante da nossa Câmara de Vereadores, no Salão Paroquial do bairro Rubem Berta, às 19h.

Em votação as Atas disponíveis nas Pastas Públicas do correio eletrônico: Atas das 100ª, 101ª e 102ª Sessões Ordinárias e das 40ª, 41ª, 42ª e 43ª Sessões Solenes. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 17h34min.)

 

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